Motorhome pela América 33 – BARILOCHE, TAMBÉM CONHECIDA COMO BRASILOCHE

33 – BARILOCHE, TAMBÉM CONHECIDA COMO BRASILOCHE


Passamos mais uma vez pela aduana chilena e seguimos tensos para a aduana argentina. São aproximadamente 30 km de estrada com asfalto entre as duas aduanas, que cruzam as maravilhosas e perigosas Cordilheira dos Andes. Nossa tensão estava por conta da forte nevasca que caiu no dia anterior e ninguém poderia informar se não aconteceria novamente enquanto estávamos passando.

Seguimos em frente, o céu estava aberto e logo começamos avistar a neve que caiu no dia anterior, depositadas nos barrancos, matas e montanhas à beira da estrada.

Nova tempestade não aconteceu e paramos várias vezes para brincar com o gelo branco do dia anterior que cobriu o Parque Nacional Puyehue.

Ade agora parecia uma criança, sem o medo do dia do vulcão, curtiu a neve se sentindo segura, há 1.321 metros de altura.

Dia 13 de abril, aniversário de nossa neta Sophia que completa 7 anos e a homenagem que surgiu no momento foi escrever o nome dela e fazer um pequeno boneco de neve. Além do nosso puro sentimento de amor, nosso presente foi um foto que enviamos.

Paramos em todos os miradores, são poucos, para fotografar e admirar tamanha beleza.

A tamanha beleza encanta mais ao vivo, ali olhando para todos os lados, sentido a brisa gelada que vem das montanhas. Nas fotos, os lagos parecem iguais, mesmo assim dá vontade de guardar todas.

Chegamos em Bariloche, mais uma das cidades destacadas no nosso roteiro e, como sempre fazemos, rodamos com a Caca pelas principais ruas da cidade.

Foi uma decepção. A cidade não é encantadora, o asfalto é cheio de buracos, a arquitetura é normal, sem maiores destaques, o trânsito é desorganizado e a topografia é de subidas e descidas.

Dizem que Bariloche é temporada o ano todo, mas não é não. No verão os argentinos lotam a cidade e no inverno ficam esperando os brasileiros sedentos por ver neve, que chegam de avião, de carro e de motocicleta. A cidade no inverno dizem que até muda de nome, passe a se chamar

Brasiloche.

San Carlos de Bariloche, mais conhecida como Bariloche, é o destino mais visitado da Patagônia, situada no Parque Nacional Nahuel Huapi, em frente ao grande lago, aos pés da Cordilheira dos Andes.

A maior riqueza da cidade está nos arredores com lagos, bosques e montanhas. No centro urbano vivem mais de 110 mil pessoas, em 64 bairros, quase todos vivem em função do turismo. Além das dezenas de lojas de marcas famosas, o comércio oferece roupas populares, com preços convidativos e variedades para o frio.

Como em toda cidade fria, o chocolate é a grande atração. Tem lojas e fábricas para todos os gostos. A cidade é recordista mundial com a maior barra de chocolate, com 200 metros e o maior ovo de Páscoa, com 8 mil quilos de chocolate.

O comércio para turistas se concentra em duas ou três ruas, fácil de percorrer a pé.

A Catedral Nuestra Señora del Nahuel Huapi é mais um dos lugares onde os turistas se encontram. A construção foi edificada com pedras brancas extraídas na própria região.

Um escultor anônimo esculpiu imagens com a mesma pedra para decorar o interior da catedral. Ele insistiu em se manter no anonimato, alegando que, seu feito…

“son cosas entre Dios y yo”

Na entrada da igreja está uma escultura em madeira para homenagear o Padre Ceferino Namuncurá, primeiro índio da América do Sul a ser beatificado. O índio mapuche que se tornou padre, causou grande comoção ao defender o povo patogônico, desagradando sua tribo e incomodando os brancos que não aceitavam sua ordenação.

Apesar de ter vivido apenas 19 anos, se tornou um santo homem, ponto de contato nas súplicas, agradecimentos e promessas para Jesus Cristo.

Bariloche é mesmo linda e encantadora por conta da região que está inserida. É a maior base para esquis da América do Sul e suas montanhas suntuosas e lagos transparentes, tornam a região um encanto a ser conhecido. A cidade oferece hospedagem e restaurantes para todos os bolsos, com estrelas e sabores diversificados.

Subimos no Cerro Campanário e rodamos com a Caca pelo Circuito Chico, construída entre os lagos.

No caminho encontramos a Villa Suissa, cravada no meio da mata, cercada de montanhas, com feira de artesanatos e muito comida regional, literalmente, para expressar sorrisos e virar os olhos.

A principal estação de esqui fica no Cerro Catedral, de reconhecimento mundial para a pratica de esportes no gelo, no inverno é claro. Nesta época, abril 2018, não tem neve e a estação é um canteiro de obras, com reformas para a nova temporada que começa em maio. Por enquanto as pistas são de pedras soltas, caminhos para trekking.

Quando chegamos os bondinhos estavam em manutenção, não deu para subir embarcado e a pé… bem…, fica para a próxima.

Depois de 4 dias em Bariloche, partimos pela Ruta dos 7 Lagos, seguindo até San Martin de Los Andes.

 

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