Motocicleta pelo Brasil 35 BELÉM – PA

35 BELÉM – PA


 

 
Saímos para Belém por estradas sem buracos mais com muitos remendos que prejudicou o conforto e um pouco da segurança na viagem. 
 
 
Paramos em uma banca de frutas e conforme a gente ia perguntando o nome das frutas o rapaz pegava uma para gente experimentar. 
 
 
Provamos o mangustão,  o abil, o abricó, o bacuri, a cajarana e o rampitam.  Depois provamos a castanha descascada na hora e misturada com farinha para acentuar o gosto.  
 
Existiam outras frutas, mas paramos de provar. A mistura já estava boa e havíamos almoçado há pouco uma deliciosa galinha caipira com molho de tucupi. 
 

 

Chegamos em Belém logo depois de uma chuva forte e com muitas poças d’água nas ruas. 
 
Fomos procurar hotéis, estava difícil de encontrar, mesmo depois de perguntar para as pessoas na rua e até para uma taxista que não soube ou se negou a informar. 
 
Perguntei para os policiais em uma viatura e, gentilmente, nos levaram a um hotel onde ficamos. Facilitaram em muito a nossa busca. 
 
Ao entardecer saímos para um lanche, passamos pela Praça da República, onde aconteceu uma festa e onde também fica o enorme Teatro da Paz.
 

 

 
Chegamos a um shopping, super lotado de gente, no domingo a noite e já compramos nossas passagens para Manaus.
Passeamos pelo mercado Ver-o-Peso com muitas bancas de frutas, verduras, artesanatos, peixes e pequenos restaurantes. Por aqui vendem de tudo, sempre bem movimentado. 
 
 
Ver-oPeso é um ponto turístico onde vendem iguarias da região com destaque para as frutas exóticas, garrafadas e perfumes naturais, extraídos das plantas da Amazônia, que servem para várias doenças e simpatias, como atrair amores, expulsar doenças e mal olhado, evitar traições, engravidar e até para melhorar relacionamento com a sogra.
 

 

 

 

 
Passamos pelas Docas restauradas para o lazer onde existem vários restaurantes e lojas de artesanatos, exposição artísticas, teatro e cinema. Daqui também saem barcos que fazem passeios pelo rio a preços que variam de 40 a 300 reais por pessoa. 
 

 

 
Nas Docas é onde se prova sorvetes de vários sabores com frutas da região. Provamos vários e escolhemos e compramos dois sabores diferentes. Tem sorvete de castanha do pará, morango albino, araçá, cairu, manga, mestiço, mangaba, queijo, graciosa, uxi, carimbó, bacuri, tapioca, taperabá, amendoim, murici, cupuaçú, banana, manjar, dentre outros, muito saborosos e com doses satisfatórias. O sorvete das Docas é um atrativo recomendado para os turistas e moradores. 
 

 

 
Comemos um peixe frito e continuamos andando pela cidade. O calor estava tanto que vez ou outra entravamos em um banco ou loja para refrescar no ar condicionado. 
 
Pelas ruas e calçadas centenas de pessoas se acomodam em cadeiras, fazem suas refeições de forma rápida e barata. Algumas barraquinhas que servem comida não tem a menor preocupação com a higiene. 
 
 
Como de rotina nesta região a tarde uma chuva forte caiu sobre a cidade, vinda pelo rio, cobrindo a visão e inundando novamente as ruas da cidade, Ficamos abrigados na Igreja da Sé, até que a chuva passou e novamente o sol brilhou.

 

 
Dessa igreja sai uma vez por ano uma procissão dos fiéis do Círio de Nazaré, que dizem por aqui ser a maior procissão religiosa do mundo em número de pessoas. 
 

Na procissão é lançada uma corda grossa pelo caminho, que os fiéis seguram vestidos de branco e vai de uma igreja a outra pelas ruas da cidade. 
 
No período da procissão a cidade recebe milhares de fieis que fazem a alegria dos ambulantes como nos disse uma vendedora de cocos. Os motivos da fé é por aqui cantado em versos e prosas por dezenas de poetas profissionais e amadores, homenageados e anônimos.
 
 
A Igreja da Sé tem belas pinturas nas paredes e no teto, ainda muito bem conservados após 300 anos de existência. Nos porões da Igreja estão os túmulos de padres e pessoas importantes do passado e um enorme piano ainda ecoa belas canções durante as celebrações.
 

 

 
Conhecemos o Forte do Presépio, onde canhões apontam para o rio, estrategicamente instalados para atingir navios de invasores na época de colonização e que ficaram de prontidão também durante as guerras mundiais. Agora, em tempos de paz, ficam de enfeites no gramado. Achem a Ade?
 

 

 
Na praça também está a Casa das Onze Janelas, que era um hospital militar e hoje funciona como um museu de artistas contemporâneos e um bar com paredes de taipa.
 
 
Os jardins da praça são muito bem cuidados e vigiados ao ponto de, estando eu com calor, tirei a camisa e o guarda me disse para colocar de volta por que é proibido andar sem camisa na praça.
 
Na Volta passamos pela casa de uma família amiga de Curitiba, que agora residem aqui e ainda reclamam do calor intenso, mas gostam da cidade.
 
Vamos deixar a moto na casa deles para viajar para Manaus. Insistiram para ficarmos hospedados em sua casa mas não queremos incomodar ou tirar a privacidade da família e preferimos ficar no hotel.  
 
Almoçamos juntos um belo peixe tambaqui, preparado pela Marilia, ao forno, à moda paraense.
 
 
Fomos passear e tomamos o café da tarde em uma livraria do shopping, com muito movimento de pessoas circulando em plena segunda-feira a tarde.
 
Depois visitamos um museu de pedras preciosas e semi preciosas, extraídas da região, que ficam dentro de um antigo presidio onde existe um forte esquema de segurança, como se ainda existissem os presos.
 
Fomos conhecer o Mangal das Garças que representa um pedaço de toda a riqueza da fauna e da flora Amazônica em pleno centro da cidade, como um oásis para todos que gostam da natureza.
 
O Mangal da Garças com matas de terra firme, matas de várzea, áreas de campo e caminhos de madeira, abriga museus, borboletário, viveiro de aves e peixes pelos lagos.
 

 

 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
Tem restaurante, máquinas navais antigas e o Farol de Belém com 27 metros de altura, com elevador que leva até o ponto de observação mais alto de onde a vista é fantástica da cidade e do rio.
 
 
Embarcamos num vôo da Gool rumo a Manaus. Durante o vôo os comissários de bordo ofereceram um cardápio com lanches e bebidas para quem quiser comprar, como se fosse uma lanchonete. O pedido tem que ser pago na hora e os preços são abusivos. 
 
 
Não entendi a medida adotada pela companhia. Eles me disseram que quem quiser tem que comprar. 
 
Se fosse para cobrar, seria de bom alvitre um preço justo de mercado. Ao meu ver, medida mesquinha da companhia aérea que poderia fidelizar melhor seus clientes se continuasse oferecendo o lanche ou, no mínimo, praticassem um preço compatível com o mercado da terra.
 
Vamos agora para uma aventura na selva.
 
 
 
 
 

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