Motocicleta pelo Brasil 48 CALDAS NOVAS – GO

48 CALDAS NOVAS – GO


 

Pirenopolis deixa a saudade pela solicitude das pessoas, pela agradável cidade, pela boa culinária e pelas novas amizades que fizemos. 
 


Pegamos a estrada rumo a Caldas Nova, passando por Anápolis e Goiânia. Paramos para almoçar em um restaurante caipira com fogão a lenha e uma grande quantidade de comidas pesadas, pouca salada e muitos doces na sobremesa. 


Em Goiás comem muito. É quase um sacrifício respeitar a máxima da educação alimentar, para comermos apenas o suficiente e de forma balanceada. Se for para provar apenas um pedaço de cada comida, o prato e o estômago pesam e lotam. 

 

Chegamos na cidade e já no primeiro hotel um guia, que aqui é corretor de imóveis, nos seguiu até que conseguiu fazer sua oferta. Apesar de tentarmos evitá-lo, ele conseguiu nos passar uma boa oferta. Ofereceu um apartamento dentro de um hotel a um valor bem menor que a diária do balcão. 


Hotel novo, enorme, com nove piscinas de águas frias e quentes, algumas chegando até 38 graus. O apartamento pertence a um particular que o coloca para a imobiliária alugar. 

 

 

Para visitar o apartamento, o hotel exigiu o preenchimento completo da ficha do check-in, só para olhar. Não é certo o hotel ficar com o  nosso cadastro, antes de decidirmos se vamos ou não nos hospedar. 

Gostamos do aposento, nos instalamos e depois passamos horas conversando com um casal mineiro dentro de uma das piscinas, meio que cozinhando o corpo nas águas quentes. 
 
Por aqui existem muitos hotéis e cada um deles com seu próprio parque aquático. Apesar de todos alegarem que suas piscinas são com águas naturais, na chegada observei vários pontos de fumaça subindo ao céu sobre a cidade. Na verdade os hotéis dizem que suas piscinas são naturais, com águas quentes, tiradas do subsolo, mas as caldeiras fazem grande parte do principal atrativo da cidade. 

 

Fomos até o supermercado, fizemos uma compra e notamos que os preços  eram desorganizados nas gôndolas, muitos sem o valor e outros com valores diferentes. No caixa a menina perguntou se seria pago em cartão ou em dinheiro. Perguntei o por que da pergunta e ela disse que o sistema é diferente para dinheiro e para cartão. Enquanto ela passava a compra, desconfiamos ainda mais e decidimos desistir da compra e ir para outro mercado.

No outro mercado os mesmos produtos estavam bem mais barato. Não temos provas, mas os indícios foram evidentes. Novamente nos sentimos quase extorquidos em terras de cachoeiras e do carlinhos cachoeira, mestre em extorsão, que atua neste Estado.
 

Passeamos pela cidade com muitos hotéis e cada um maior que o outro. Em muitos deles tem belas fontes de águas e corretores de imóveis na frente da recepção.

 

 

 

 

Passamos por um shopping onde vendem produtos regionais, muitas opções de presentes e doces fabricados a toda hora.

 

Conhecemos a praça do Japão muito bem cuidada, mas nada estava funcionando, tudo fechado e sem gente passeando. Apesar do nome, a construção e a decoração lembra muito pouco o Japão. Talvez praça da Italia, seria mais adequada.

 

Voltamos para casa e fomos tomar banho de piscina. Quase ninguém toma banho antes de entrar na piscina e não é exigido qualquer tipo de exame médico. Não achamos muito higiênico, apesar da aparência de limpeza e da constante manutenção. 


O trabalhador das piscinas, sem equipamentos de proteção, coloca em risco sua saúde para o encanto dos outros, sem que ninguém exija ou fiscalize o correto.

 

Por aqui a grandeza do hotel está no número de piscinas que ele tem. No centro da cidade tem um parque aquático popular a um custo de 30 reais por pessoa o ingresso. O principal parque cobra 98 reais. 

 

Fomos visitar o maior parque de águas termais da América Latina. Uma mega estrutura com dezenas de piscinas e atrações tudo muito bem cuidado, bonito e agradável. 

Um dia inteiro é pouco para brincar nas piscinas. Uma com piso de seixos, outra de areia, outra de pedras, bares molhados, toboáguas, escorregadores,   mergulhos com os peixes, tudo com águas quentes e transparentes. 

 

Pelo parque são várias lanchonetes restaurantes banheiros limpos e lojas de souvenirs, estrategicamente instaladas ao final de cada atrativo.

O passeio com a boia pelo rio artificial pode durar horas navegando, passando por cachoeiras e túneis, muito agradável. Descanso e diversão ao mesmo tempo. 


Fomos para a praia em pleno cerrado goiano, isto mesmo, uma piscina com ondas de águas transparentes e quentes, fazem a alegria dos visitantes, mesmo longe do mar. A cada tempo toca uma sirene, que é o sinal que as ondas vão começar.

Todos os dias o ano inteiro são milhares de pessoas freqüentando o parque. Existem muitas opções de lazer exclusivo para crianças e os caminhos de uma atração para a outra são seguros também para idosos. Muito bonito o local e vale a pena visitar.  

 

 

No hotel e pelas ruas da cidade, onde tem uma lãmpada acesa, milhares de Louvadeus fazem um balé com vôos desajeitados e perigosos. Batem contra as paredes, batem e pousam na gente, estacionam mal e vez ou outra morrem esmagados pelos sapatos e pelos pneus.


Em um outro parque foi possível chegar até a fonte onde brotam águas com temperatura que podem chegar a 57 graus. Esta é a nascente do Cozinha Ovos, onde os antigos colocavam ovos de galinha para cozinhar. Devido a uma das particularidades dos homens, decidi que naquela água eu não iria entrar. Na verdade nem pode. São duas pequenas nascentes preservadas, que jorra suas águas quentes no rio que margeia as fontes.


Existe uma enorme quantidade de brinquedos todos muito bem conservados, sempre com um empregado para orientar e cuidar de cada atração.


Aqui também o desenvolvimento gira em torno das águas quentes. Apesar de longe da cidade, o progresso do comércio de ricos e pobres se prolifera. Vários loteamentos estão a venda e em breve, certamente, será mais um povoado. 

 

Os freqüentadores são em sua maioria jovens casados em lua de mel ou turmas da melhor idade em excursão. Os velhinhos são muito divertidos e realmente aproveitam o passeio, rindo atoa e começam a dançar rapidinho quando toca uma música mais alegre.  
 
A noite fomos jantar picanha de sol acompanhada de mandioca, farofa, salada, arroz e uma deliciosa paçoca de carne feita no pilão. 
 

Pela manhã arrumar as malas e partir para Goiânia em mais um trecho de nossa viagem de moto pelo Brasil. 

No caminho paramos em uma loja muito estranha e que me fez rir muito, diante das inusitadas opções de decoração do local. De bem longe o local vem sendo anunciado com bandeiras vermelhas pela estrada. Quando paramos descobrimos que não tinha nada para beber ou para comer. As produtos que vendiam estavam todos amontoados em meio a uma diversidade incrível de vidros, espelhos, panos e papeis colorido. Quase nem dá para caminhar dentro da loja e praticamente nada interessante para comprar, mas que chama a atenção, não tenham dúvidas.

 

 

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