Carro pela Europa 74 – MARSELHA – FRANÇA

74 – MARSELHA – FRANÇA


 

Novamente na França, seguindo pelas belas estradas, encantados com as montanhas ficando cada vez mais branca aos pés dos Alpes e as pacatas cidades, onde moradores parecem esperar a vida passar, trancados dentro de casa ou nos locais de trabalho. Quase não se vê movimentos nas ruas.

 

As estradas da França, mesmo as não pedagiadas como estas, foram as melhores por onde passamos, de uma qualidade que merecem ser copiadas.

Paramos em vários pontos para fotografar, até que chegamos a 1780 metros de altitude, onde a neve já havia tomado conta de quase toda a paisagem.

Paramos numa pequena cidade, numa estação de esqui onde, em pleno meio da semana, esquiadores se divertiam sem compromisso com o trabalho.

Seguimos viagem descendo rumo ao Mediterrâneo, cada vez mais encantados com as belezas naturais desta região da França. Muitas montanhas, rios, igrejas, castelos e uma agricultura modelo na organização.

Com dia já terminado e a noite escondendo tanta beleza, saímos das estradas secundárias e seguimos pela pedagiada, mais rápida, mais segura e bem mais cara, até chegarmos já noite em Marselha.

Nos instalamos no hotel e descansamos depois de tantas paisagens maravilhosas que hoje vimos.

Dia seguinte, saímos para um passeio em Marselha, muito diferente do que a gente imaginava, não é tão bonita quanto pensávamos.

Marselha é a segunda cidade mais populosa da França, fundada pelos gregos no século VII a.C., mas indícios arqueológicos atestam a presença de seres humanos na região há mais de 30 mil anos.

Sua pujança muito se deu por conta principalmente do porto, um dos mais importantes da Europa e o maior da França. A cidade abriga a segunda maior população da França e sempre foi rival direta de Paris.

 

 

Fomos direto para Basílica Notre Dame de La Garde, no alto de uma colina com 147 metros, onde se pode avistar toda a cidade, recoberta com telhados terracota.

 

 

 

A Basílica foi refugio e ponto estratégico nas batalhas para libertação de Marselha, em 1944. Do alto a colina oferece uma visão de 360 graus, que abrange o cidade e o mar. As paredes de pedra da colina ainda guardam marcas dos intensos bombardeios.

 

No alto da torre do campanário, uma virgem dourada com 9,70 metros coroa o edifício, esculpida em bronze e folheada com ouro.

Na frente da Basílica uma pietá, que é um dos principais temas da arte cristã, representando a Virgem Maria com o corpo morto de Jesus nos braços, após a crucificação.

A primeira pietá (piedade em italiano) surgiu no século XII, na Alemanha e expandiu-se por toda a Europa em forma de esculturas, vitrais e pinturas, concebidas de formas diferentes por vários artistas. A mais famosa, seguramente é a do Vaticano, exposta na Basílica de São Pedro, esculpida em mármore por Michelangelo.

No pátio, mais uma novidade para referenciar a fé. Tricos e crochês, de linha e de lã, cobrem bancos, escadas, cercas e postes. Não descobrimos o motivo da tradição, que só vimos aqui em Marselha.

Por dentro, a Basílica guarda uma riqueza em materiais e no requinte das decorações do santuário, que representa o culto dedicado a Virgem Maria.

Centenas de miniaturas, diplomas, frases e desenhos, a maioria com temas ligados ao mar, votos de graças recebidas, estão nas paredes e pendurados por todo salão principal.

 

 

 

 

Descemos a colina direto para Vieux Port, a região portuária da cidade, muito movimentada com feira de produtos regionais e artesanatos.

Ao lado pescadores vendem seus peixes ainda frescos e oferecem mariscos e ostras para saborear no local.

 

Um enorme coberto com teto de espelho foi instalado na praça. As pessoas brincam em baixo dele mas é meio sem graça. Acho que todos que passam por ali fazem uma foto olhando pra cima, nós fizemos também.

 

 

Visitamos a Catedral la Major, um majestoso edifício, construído onde já havia um capela, concluída em 1893 e pode acomodar até 3 mil pessoas. De alguns ângulos, dizem que parece um palácio oriental, acho que parece uma igreja mesmo e muito bonita.

 

 

Passeamos pelo centro histórico e encontramos uma feira muito bonita, só com miniaturas. Cada uma mais bela que a outra.

 

 

Almoçamos e continuamos admirando a cidade milenar, que já foi glamour na Europa e luta para retomar este posto.

 

 

 

Em 2013 foi eleita a capital da cultura e quer o título novamente em 2016. Na cidade existem vários museus, bibliotecas e galerias de arte. Obras de arte também ficam pelas ruas.

 

Começou um fina chuva, frio, pegamos a carrinha no estacionamento, andamos um tempo pela cidade e voltamos para o aconchego do hotel.

Logo pela manhã, ainda com chuva, viajamos por belas estradas, passando por pequenas cidade, subindo a serra rumo a Andorra, que já conhecemos no verão e agora vamos conhecer no inverno, mas fica para o próximo post.

 

 

 

 

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