Carro pela Europa 8 – MONTEMOR E COIMBRA – PORTUGAL

8 – MONTEMOR E COIMBRA – PORTUGAL


Fomos para Coimbra, principalmente para conhecer a Universidade mais famosa de Portugal, com sua imponente escadaria, reconhecida pelo mundo todo por sua excelência em formação acadêmica.


No caminho para Coimbra, passamos por Montemor-o-Velho, pequena Vila do Distrito de Coimbra, cujos vestígios remontam da pré-história e hoje sobrevive da agricultura do arroz e do milho.


No alto do morro no centro da Vila, fica o Castelo de Montemor, com referencias do século IX, em bom estado de conservação, com entrada gratuita.


Em volta e dentro do Castelo, na primavera, o amarelo das pequenas margaridas e o imponente vermelho das papoulas estão por toda parte.

A igreja no centro da muralha, apesar de não ter bancos para os fiéis é muito aconchegante e guarda túmulos de antepassados importantes.


Uma lenda conta que no Castelo de Montemor, existem duas arcas: uma com ouro suficiente para enriquecer para sempre Portugal e outra com uma peste que poderia dizimar a população. Dizem que em épocas de crise muitos se juntaram para abrir a arca da fortuna. Mas o temor de abrir a arca da peste fazia com que desistissem e, conta a lenda, as arcas ainda estão enterradas em algum lugar dentro da muralha.

 


Diferente também é a subida para o Castelo, totalmente modernizado com escadas rolantes ao ar livre.


Chegamos em Coimbra em dia de festa para os estudantes, professores e familiares. No mês de maio comemoram a Queima das Fitas ou Queima dos Grelos, como eles gostam de chamar.


A festa estudantil do ensino superior começou na Universidade de Coimbra e hoje acontece em várias outras cidades de Portugal, durante a Semana Acadêmica.

O povo comparece para assistir o evento, tradição de muitos anos na Universidade.

No Patio da Universidade, os 108 carros alegóricos deste ano, todos enfeitados com rosas de papel crepom, fazem os últimos preparativos para o desfile. Cada curso com sua cor.

 


Durante a Semana Acadêmica, que em Coimbra dura um mês, acontecem shows, bailes, serenata estudantil, concertos musicais e o cortejo acadêmico.

A indumentária impecável dos acadêmicos fazem um espetáculo à parte. Por todos os lados estudantes bem alinhados desfilam seus trajes com orgulho.

As cartolas coloridas, muito bem confeccionadas em papelão, cobertas com sedas, simbolizam a nobreza do novo profissional e ao final, algumas perdem a elegância por culpa das pancadinhas um pouco mais fortes.



Aqueles que já estão concluindo o curso, usam uma bengala da mesma cor da cartola e, por tradição, amigos e parentes dão três pancadinhas com a bengala na cartola do formando, para desejar-lhe boa sorte na nova profissão. A Ade cumpriu o ritual.


Todos os veículos enfeitados carregam muitas bebidas que os estudantes tomam e distribuem para o público. Até a Ade com sua cartola já amassada, não pelas pancadinhas, encarou uma foto típica de bebuns. 


Em épocas de crise não faltaram irreverências e protestos contra o governo com frases,  desenhos e esculturas de papel.



Na concentração, paramos para fotografar um bela leitoa que estava sendo saboreada por um grupo de pessoas e fomos convidados a provar a deliciosa tradição portuguesa com porcos assados. Eram os motoristas dos carros alegóricos que esperavam a hora do desfile comendo leitoa e bebendo vinho.

Comemos juntos e ouvimos várias histórias e fatos do grande evento.


Motoristas satisfeitos, alunos e professores já quase embriagados, publico impaciente pelo atraso e, enfim, começou o desfile sem hora para acabar. Vimos o início do cortejo e voltamos para Figueira da Foz. 

De volta para casa, após um banho, fomos assistir o pôr do sol na beira mar.

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