Expedição América do Norte 2024 20 Voltando para o Canadá, entrando por Vancouver

20 Voltando para o Canadá, entrando por Vancouver


 

 

Saimos de Seattle querendo ficar mais. O dia amanheceu com chuva que durou toda viagem até Vancouver. Pouco deu para apreciar naquela bela região. A velocidade dos veículos não diminui com a chuva e é preciso estar atendo o tempo todo.

 

 

Chegamos na fronteira com uma dúvida já de alguns meses. Para o brasileiro entrar no Canadá existem dois tipos de visto um para quem chega por via aérea e outro para via terrestre. O nosso visto é o eTA, que permite estadia de 6 meses com entrada somente por via aérea.

Como saímos do Canada e entramos nos Estados Unidos de carro, agora chegou a hora de voltarmos por terra e a dúvida era: será que podemos entrar por via terrestre agora?  Li várias informações na internet e alguns dizem que sim e outros amedrontam dizendo que não.

Separamos todos os documento, ensaiamos os argumentos e chegamos na fronteira torcendo para encontrar um agente legal. Quando chegamos na guarita, entregamos o passaporte e perguntei para a policial se ela falava espanhol pensando em facilitar nossa comunicação, ela facilitou ainda mais. Pediu para esperar, pegou o telefone e logo chegou outra policial que já morou no Brasil e casada com um brasileiro. Pronto! O que parecia imprevisto, agora ficou mai claro. Fez algumas perguntas, falamos de outras coisas fora da imigração, entregou os passaporte e seguimos viagem, tudo perfeitamente legalizado.

Sempre é necessário fazer pesquisas sobre os trâmites de fronteiras entre países mas, tem que “separar o joio do trigo”. Tem muita gente que parece gostar de causar terror nos viajantes que leem suas informações. Sim. É legal entrar no Canadá por via aérea, com o visto eTA, entrar nos Estados Unidos por via terrestre e retornar para o Canadá também por via terrestre.

 

 

Entramos em Vancouver com muita chuva e frio, fomos no mercado japonês, compramos comida típica e fomos para o hotel, comer e ficar no quentinho.

Dia seguinte veio o sol brilhante para encantar ainda mais nosso passeio pela cidade de Vancouver, o quanto mercado imobiliário do mundo por conta do seu projeto de planejamento urbano, batizado de vancouverismo, que tornou Vancouver uma das melhores cidades para viver.

 

 

A cada cidade eu faço uma pesquisa dos lugares turísticos e interessantes de conhecer, depois coloco no Google Maps para definir o melhor roteiro para visitar todos os locais.

A primeira parada seria em Burnaby, onde eu li que tem um aldeia com arquitetura interessante e lá fomos nós. Chegamos em Burnaby, cidade pequena, bonita, belas casas, a a aldeia mesmo não encontramos pelo GPS.

O próximo destino foi o Queen Elizabeth Park, onde tem uma estufa de vidros e belos jardins. Como a cidade tem uma população muito grande de asiáticos, vários deles estavam praticando suas danças ou artes marciais nos cantinhos do parque.

 

 

 

Seguindo a rota, paramos no mercado municipal Granville Island, muito bonito de ver e de comer. O mercado é enorme, com vários galpões. Fica ao lado de um importante viaduto na cidade.

 

 

Um dos galpões é reservado para os artesãos que vendem e fabricam suas peças ali mesmo, cada um com seu ateliê. Tem o artista dos vidros, dos ferros, das madeiras, dos tecidos, das pedras e o que chamou nossa atenção foi um ateliê de vassouras.

Haviam três artesãs fazendo vassouras de várias formas. Elas criam modelos diferentes e vendem as peças sob o argumento de que a vassoura é símbolo de boa sorte, que elimina e protege contra o mal.  Dizem que se os noivos se derem as mãos e pularem a vassoura, a boa sorte e a fortuna abundarão em sua união. Com tantos modelos, faltou uma voadoras. Uma das artistas me disse que as bruxas ainda não liberaram o projeto pra elas.

 

 

 

No outro galpão do mercado tem muita comida gostosa, difícil de escolher. São salgados, doces, frutas e carnes, peixes, tudo arrumadinho, saboroso e muitas opções.

 

 

Tem mesas internas e externas que você pode sentar para comer. A parte externa em dias de sol fica muito mais agradável, às margens do Pacífico, quando ele adentra o continente pelas laterais da cidade. Muita gente se reune naquele local para comer e ouvir artistas tocando instrumentos lindamente, criando um ambiente de requinte, com uma bela visão.

 

 

 

 

 

Aqui em Canadá é proibido beber na rua e muito menos dirigir sob efeitos do álcool. Menores de idade (abaixo de 19 anos) sequer podem entrar em bares. Dirigir ou simplesmente caminhar pela cidade alcoolizado é infração grave, sujeita a multa e até prisão.

Ainda bem que a cidade é bem servida com transporte coletivo. Metrô, ônibus, ubers e taxis, inclusive taxi aquático bem coloridos estão disponíveis para quem prefere voltar para casa pelas águas do Pacifico.

 

 

Bem ao lado do mercado municipal, tem uma usina de concreto. Os enormes caminhões trafegam pelas ruas apertadas, onde circulam os turistas. Para não ficar muito estranho, a empresa investiu na arte e pintou seus enormes reservatórios, que passaram a ser também uma das atrações turísticas da cidade, mas é uma usina de concreto.

 

 

Vancouver é frequentemente classificada como uma das cinco melhores cidades do mundo. A qualidade de vida dos habitante é o grande destaque. A cidade tem vários museus e muitos parques para passeios, especialmente de bicicleta. Tem uma rua com dezenas de oficinas e lojas exclusivas para vender, consertar e alugar bicicletas.

 

 

Rodamos de carro pelas ruas da cidade e paramos para ver uma praia cheia de toras que não foram largadas ali pelas correntes marítimas, mas colocadas para servir de banco para os banhistas. Gostei.

 

 

Depois passamos para conhecer o Steam Clock, um relógio a vapor que fica numa das ruas do centro histórico de Vancouver. Apesar de parecer muito mais antigo, este é o primeiro relógio a vapor e foi construído em 1.977 por um relojoeiro canadense.

A cada 15 minutos ele toca um apito e depois uma suave melodia. Ele solta fumaça o tempo todo.

 

 

 

Fomos conhecer o Stanley Park, bem no centro da cidade, que tem uma enorme plantação de rosas, mas elas ainda não estavam floridas. O parque foi o primeiro lugar onde os colonizadores ficavam.

Depois fomos na Grouse Montain Resort que tem um bondinho que leva as pessoas para o alto de uma montanha onde no inverno é uma estação de ski e no verão se pode fazer trilhas. Quando perguntei no guichê o que tinha lá em cima, o cara respondeu que não havia quase nada, era só subir e descer apreciando a bela vista da cidade. Como o valor de 73 dólares para idosos é um pouco alto para somente andar no bondinho, desistimos de subir.

 

 

Saímos da cidade e seguimos por uma bela estrada, dita por eles como uma das mais belas do mundo e realmente é muito bela. Foram 54 km de ida e 54 km de volta. Fomos até o Sea to Sky Gôndola, outro bondinho que sobe uma montanha gigante até uma estação de ski, que nesta época do ano estava fechada.

O bondinho chega a dar medo pelo tamanho dos vagões comparado à altura da montanha. A única atração é apreciar a vista da subida e da descida, a um valor de 73 dólares para maiores de 65 anos, nosso caso, mas também não subimos.

 

 

A bela estrada tem poucos pontos para parar o carro e apreciar a paisagem, mas onde deu para parar, paramos. A conexão da cidade com a natureza e exemplar, inclusive o Greenpece foi fundado em Vancouver.

 

 

 

Usamos a estratégia de ir primeiro passear pela bela estrada para depois da 17 horas conhecer a Capiland Suspension Bridge, uma ponte suspensa com 140 metros de comprimento e 70 metros de altura sobre um rio. Li na internet que após as 17 horas o valor do ingresso seria menor. Mentira do blogueiro onde li a informação. Quando chegamos, um pouco depois das 17 horas, o parque já estava fechado.

Tem gente do mundo todo morando na cidade. Quase 13% dos casais são de raças diferentes. Somente os chineses chegam a quase 30% da população. Gostamos muito da cidade. Realmente é um lugar propicio para morada de pessoas.

 

 

A única coisa que realmente me incomodou um pouco foram os pássaros pretos. Os corvos estão nesta região como estão os pardais no Brasil. São muitos, dão voos rasantes sobre a gente, nem ligam quando tentamos espantá-los e o pior, seu canto é assustador, parece filme de terror.

 

 

Fora os corvos, Vancouver é maravilhosa, merece a fama que tem.

 

 

 

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