A estrada nos chamava com seus mistérios e sabores! Em Governador Valadares, fizemos uma pausa para celebrar a generosidade da terra, abençoando nossa jornada com frutas suculentas, verduras vibrantes e queijos que prometiam deleitar o paladar.
Mas foi em Teófilo Otoni que o coração da aventura pulsou mais forte. Região dos mercadores de riquezas, onde pedras preciosas brotam nas entranhas da terra.
A Praça Tiradentes é o ponto central dos mercadores, onde fervilhava um tesouro, palco de um grandioso mercado de pedras preciosas e semipreciosas. Cada um carrega consigo um universo de valor, bolsas a tiracolo repletas de milhares de dólares em gemas preciosas, um testemunho silencioso da abundância da região.
Era como se a própria terra sussurrasse seus segredos brilhantes através dos inúmeros vendedores. A cada passo, um novo convite cintilava, oferecendo gemas brutas, recém-saídas do ventre da região. E em meio ao brilho tentador, ecoava a advertência: “Cuidado, viajante, nem tudo que reluz é verdade!”
Curiosidade nos guiou a um atelier, um santuário onde a magia da transformação acontecia. Ali, sob o olhar atento de cada artesão, testemunhamos o nascimento das joias. Pedras brutas ganhavam formas com múltiplas facetas.
A pedra bruta é fixada com uma cera quente numa pequena vareta de madeira. Depois, passam pelo corte e polidora, emergindo um brilho hipnotizante. Depois de prontas, a jóia e separada da vareta com águas geladas.
Então, a bússola apontou para leste, em direção ao chamado do mar. Prado, no litoral baiano, nos aguardava. A estrada se adornava com a majestade de pedras gigantes, esculturas naturais que imploravam por um registro fotográfico, uma pausa para admirar a força e a beleza da natureza.
Antes da chegada em Prado, uma surpresa inesperada. Um desvio na BR nos lançou a uma aventura lamacenta, uma estrada de terra que testava a nossa paciência e a limpeza da nossa casa sobre rodas.
Antes de finalmente repousarmos no camping, a urgência de um lava jato se impôs, um ritual de purificação para enfim abraçarmos a brisa litorânea de Prado.
Chegamos no camping a beira mar e a chuva não deu trégua. Ficamos por duas noite e um dia e já seguimos rumo a um novo destino, agora é Porto Seguro que nos espera.
Durante uma parada em Eunápolis para compras no Atacadão, um incidente inesperado aconteceu. Ade, ao pegar um frasco de QBoa, teve sua blusa manchada pelo rompimento da tampa. A blusa, comprada no Canadá, tinha um valor sentimental considerável para ela, e a decepção foi evidente.
Procuramos a gerência da loja para relatar o ocorrido. Após uma conversa detalhada e o preenchimento de relatórios, a loja coletou os dados de Ade com a promessa de ressarcimento. Eu, particularmente, estava cético, aconselhando-a a deixar para lá, pois acreditava que o tempo e o esforço para reaver o prejuízo não valeriam a pena.
Para nossa surpresa, apenas dois dias depois, o valor estimado por Ade foi depositado em sua conta. Confesso que fiquei impressionado com a honestidade e a eficiência do Atacadão. Minha surpresa não se deu por desconfiança da loja em si, mas pela experiência comum de que, em situações semelhantes, o ônus geralmente recai sobre o consumidor.
Gostaria de expressar meus sinceros parabéns ao Supermercado Atacadão pela maneira honesta e exemplar como solucionaram o incidente ocorrido em suas dependências. É um exemplo a ser seguido!
Abastecidos, seguimos para Porto Seguro, onde o nosso plano é de ficar acampados por 30 dias.