Cada cidade nesta região tem seu próprio rio, que serve como fontes de alimentação, diversão e de turismo.
Chegamos em Valença com movimento para todos os lados, um porto entupido de barcos. Almoçamos numa churrascaria, fizemos serviços de banco e fomos para o atracadouro de Guaibim, de onde é mais calmo para atravessar para a ilha.
Deixamos a moto na varanda da casa do dono do estacionamento, pegamos a balsa e fomos junto com um grupo de turistas mineiros.
Para carregar as malas os guias usam carrinhos de mão taxi. No continente o guia cobra 3 reais por mala. Na ilha 10 reais. Os carrinhos de mão e os animais são muito utilizados no transporte por aqui.
O guia ajudou a encontrar uma pousada e as diárias são caras pela qualidade. Escolhemos uma de frente para a segunda praia a 120 reais, sem café da manhã. Preferimos ficar pela localização e pela visão que se tem da segunda praia. Na verdade é mais um camarote do que um apartamento. A visão é ampla e muito bonita.
A ilha é diferentes de outras praias. Não tem carros, tem calçadas de madeira em frente a praia, ruas de dois a três metros de largura. No mercado, o preço é um absurdo. As bebidas são valores de bar e os alimentos chegam ao dobro do que já vimos em outras cidades. Um absurdo para turistas e moradores que muito reclamam. Que falta faz um promotor público atuante.
A ilha é muito bem cuidada com praias que formam piscinas naturais, poucas ondas e águas quentes e limpas. A beleza natural é indescritível. São muitas opções de restaurantes, barracas e lojas de artesanatos.
A comida no restaurante, contrário do supermercado, tem bom preço.
Caminhamos 15 km, ida e volta até o final da quinta praia.
Aqui no Morro de São Paulo tem o centro, onde fica o comércio, a primeira praia que é pequena, a segunda que é o agito, a terceira que é curta e o mar bate no muro, a quarta que é grande e a quinta é maior ainda. A quarta e a quinta são quase desertas com piscinas naturais, areias macias e águas limpas e morna.
PRIMEIRA PRAIA (com o cabo da tiroleza que dizem ser a maior do Brasil)
SEGUNDA PRAIA
TERCEIRA PRAIA (com maré baixa)
QUARTA PRAIA
QUINTA PRAIA
A noite um passeio pelas ruas, ou becos, do centro é muito agradável. É para se andar muito devagar e ver tudo.
Fomos até Gamboa de barco e tomamos banho de lama que o turismo diz ser medicinal rejuvenecedora e os nativos chamam de lenda urbana. O fato é que a pele fica macia após secar. Um banho de mar limpa facilmente. No local existe o constante perigo de desmoronamento e é bom não ficar muito próximo dos paredões. Ficamos tamanho banho de lama até a maré baixar e voltamos com chuva por entre as pedras amarelas, vermelhas, brancas e pretas, além das cores normais de pedras. As pedras moles que desceram da montanha formam cavernas e belos caminhos pela areia. As pedras são enormes e facilmente esculpíveis e o barro também.
Aqui também tem muitos argentinos e italianos. São donos de lojas lanchonetes, restaurantes, pousadas e exploram o turismo com agências de passeios e atracões. Um morador disse que os italianos constroem o comércio mais bonito com melhor estrutura e cobram caro. Os argentinos improvisam na estrutura e cobram barato. Isto é bastante evidente. Eles precisam ser gerenciados pelo Estado. Eles compram pequenos comércios, vendem nosso artesanato, empregam nosso povo e exploram a todos.
Nossos vizinhos de “camarote” são argentinos e fazem muito barulho quando chegam de madrugada e acorda a gente. Depois de alguns dias resolvi fazer barulhos de forma proposital pela manhã para que eles sentissem que a falta de respeito incomoda os outros. Não foi com sentido de vingança e sim, de alerta. Por várias vezes nesta viagem percebemos que alguém tem que regular o comportamento deles em nosso pais. Mostrar a eles que eles não são donos do mundo sozinhos. Me desculpem os argentinos. Já viajamos para a Argentina e constatamos que os moradores do interior do país são gente como a gente. Já os que vivem em Buenos Aires são arrogantes e prepotentes.
No restaurante, que eu não sabia que era de argentinos, me cobraram na conta, 3 reais da música. Com músico deles, que começou a tocar quando já estávamos saindo. Me neguei a pagar a música, paguei a conta com dinheiro por que me disseram que a máquina do cartão estava com defeito e me devolveram o troco com várias moedas de pequeno valor. Eu percebi a pirraça e fiz um comentário dizendo que a comida preparada pela nossa baiana estava boa e que eu estava deixando uma gorjeta pelo sentimento deles em nos atender. Deixei 10 centavos e pedi para repartir entre a garçonete e o caixa, ambos argentinos.
Não estou achando certo esta invasão. Se o pais deles está ruim, eles que arrumem e deixem de ocupar o nosso espaço e nossa gente, com sede de nossos recursos. O outro vizinho italiano sim, simpático, bom papo e esta no Brasil vendendo turismo para que seu povo venha passear por aqui.
Conhecemos o forte usado como residência de veraneio da família real portuguesa, com paredes e muros de fortaleza.
Brincamos muito nas árvores caídas, balanços, banho de mar e na volta compramos chapéus de fibra de buriti.
Neste passeio pelas praias do Morro de São Paulo, nem limão seria capaz de tirar o sorriso da Ade.
Fomos rumo a Salvador, passando pela Ilha de Itaparica.