Expedição América do Norte 2024 13 Los Angeles, onde vivem a fama e a ilusão

13 Los Angeles, onde vivem a fama e a ilusão


 

 

Chegamos em Los Angeles no final da tarde de um sábado, no hotel fizemos nossa refeição e no domingo saímos para conhecer a terra onde a imaginação e a ficção impera nas películas dos filmes de Hollywood.

Nossa primeira visita foi no Observatório Griffith, localizado em um parque com mais de 12 mil metros quadrados. O Observatório foi construído com recursos doados pelo coronel Griffith, que deixou dinheiro suficiente para construção, em 1.896. O Observatório só foi concluído em 1.933, com o dinheiro dele, guardado todo esse tempo e usado para o fim ao qual foi destinado.

 

 

O Observatório estava fechado neste dia, mas o pátio e a vista que se tem do alto da colina, já compensa a visita. Lá tem um relógio do sol, tem o sistema solar gravado no piso com a trajetória de todos os planetas e tem homenagens a alguns importantes na história do local.

 

 

Um dos importantes é o lendário James Dean, um renomado ator de Hollywood, protagonista de um filme que muito enalteceu o Observatório, tornando-o conhecido em todo mundo, por isso a homenagem. Também estão eternizados no pátio grandes cientistas e astrônomos de todos os tempos, esculpido em um pedestal bem em frente ao Observatório.

 

 

 

É do pátio do Observatório que se tem uma bela vista do famoso letreiro de Hollywood. O letreiro foi construído para vender casas de um condomínio e as letras originais formavam a palavra Hollywoodland, em letras maiúsculas brancas com 13,7 metros de altura e 106,7 metros de comprimento. Foi concluído em 1.923. Como o letreiro ganhou fama, apareceu em diversos filmes e encantou os turistas, a prefeitura de Los Angeles decidiu em 1.949, retirar as últimas letras e deixar o letreiro em homenagem ao distrito de Hollywood.

Com certeza é o letreiro mais famoso e fotografado no mundo todo.

 

 

 

O letreiro esta por todos os lados. Em um belo pátio comercial tem um em miniatura que normalmente tem fila para fotos. Nas lojas de conveniências existem dezenas de outras formas com o famoso letreiro.

 

 

Fomos passear pela famosa Calçada da Fama, a “Hollywood Walk of Fame”, atualmente com quase três mil lajes com estrelas homenageando celebridades da indústria do entretenimento. A calçada tem pouco mais de 2 km e as estrelas estão dos dois lados da avenida Hollywood Boulevard. Todo ano cerca de 20 novas estrelas são adicionadas e já começam a ocupar as ruas laterais também. A avenida tem cerca de 10 milhões de visitantes por ano.

São seis categorias que são homenageadas: indústria cinematográfica, televisiva, música, radiodifusão, teatro e destaques no esporte.

 

 

A primeira estrela latino-americana na calçada foi de Carmen Miranda, mas não conseguimos fazer um foto diante de tantas estrelas.

Apesar de ser uma homenagem, cada estrela tem um custo. Além da taxa de inscrição de 250 dólares, tem a taxa de patrocínio de 75 mil dólares, para cobrir despesas com a produção, segurança e manutenção dos blocos.

Como algumas estrelas ainda não foram cravadas com o nome do algum famoso, atrevidos de passagem grifam seus nomes, mesmo sem sem ter feito algo notório no entretenimento ou sequer foram autorizados.

 

 

Para variar ou feita por copiadores do sucesso da primeira calçada, outro modelo de laje com detalhes feitos pelo próprio homenageado, já é muito disputado pelos fotógrafos na mesma Boulevard.

 

 

Em nossas andanças, já passamos por várias cidades que também tem uma calçada da fama. A mais famosa no Brasil fica em Gramado, no Rio Grande do Sul e outra famosa que conhecemos fica em San Remo, na Itália.

Não pelo sucesso e muito menos pela qualidade da gravação, mas pelo amor, também cravamos as mãos dos nossos netos no concreto na calçada de casa. A nossa não tem a mesma fama nem é muito visitada, mas encanta nossos olhos quando passamos por ela e a foto foi feita pela minha cunhada.

 

 

Na Hollywood Boulevard acontece de tudo. Muitos bares, lojas de conveniências, museus por todo lado, desfiles de carros, muitos vendedores ambulantes, guias turísticos vendendo passeios, motociclistas fazendo firulas, pastores pregando a bíblia, teatros, cinemas e muita gente andando por todo lado. Bonito de ver.

 

 

 

 

Fomos passear na área mais nobre do condado de Los Angeles, Beverly Hills, onde fica uma das áreas comerciais mais luxuosa do planeta, no entorno das ruas Rodeo, Sunset e Beverwil. Com restaurantes  e lojas das marcas mais caras. Algumas  tem até porteiro e só entra com autorização.

As pessoas que circulam pelas ruas, sem contar os turistas, chegam e saem com carros luxuosos e com sacolas carregando coisas das mais caras, com certeza. Por ali é bom andar com a máquina fotográfica ou celular preparados para uma foto. Pode aparecer um famoso, afinal é o bairro deles.

 

 

 

 

Em Beverly Hills estão as moradias dos ricos e famosos da California, dos Estados Unidos e até de alguns que são de outras partes do mundo. Na Rua Belford vivem ou já viveram: Frank Sinatra, Stan Laurel, Steve Martin e Carmem Miranda, dentre outros. Na Rua Benedict Canyon vivem ou já viveram: Ingrid Bergman, Eddie Murphy e até os quatro garotos de Liverpool, The Beatles, moraram um tempo na rua, numa casa alugada.

Na vizinhança ainda vivem ou viveram: Michael Jackson, Mick Jagger, Marilyn Monroe, George Harrison, Barbara Streissand, Paul Newman, Madonna, John Lennon, Jack Nicholson, Marlon Brando, Demi Moore, Bruce Willis, Sylvester Stallone, Elton John, Brad Pitt, Angelina Jolie, Tom Cruise e até Walt Disney tinha casa na região. Só citei o nome de astros conhecidos, mas tem muitos de pouca fama, milionários que vivem ou já viveram em Beverly Hills.

Muitos destes famosos, claro, vivem ou viveram por aqui para ficar perto do trabalho. Outros por puro luxo e glamour, acho.

 

 

 

Algo interessante que observamos foi que no meio de cada quadra, por trás das mansões, existe uma rua estreita, por entram os empregados e se descartam o lixo.

 

 

Fomos conhecer um dos estúdios de cinema em Hollywood, a Warner Bross por conta dos personagens que fazem parte da famosa produtora. A história do estúdio começou com os 4 irmãos Warner que viajavam de cidade em cidade com apenas um projetor, exibindo filmes na costa leste. Logo montaram seu próprio cinema e começaram a fazer seus próprios filmes, ainda em 1918.

Em 1.923 fundaram a Warner Bross e seguiram conquistando espaço com a magia do cinema. Depois entraram também na tevevisão e hoje produzem mais de 20 filmes, centenas de episódios de séries e milhares de horas de TV ao vivo todos os anos. Seu principal estúdio tem mais de 40 hectares e centenas de colaboradores na capital da magia, que a Warner certamente ajudou a construir.

 

 

A visita começa por um salão onde tem uma maquete dos estúdios. Depois, a bordo de um carrinho, passeamos pelos barracões de verdade, gigantes, cheios de curiosidades para encantar os turistas admiradores do cinema. Dentro dos barracões ficam os sets de filmagem, marcenarias, figurinos, móveis e utensílios de cenários.

O carrinho vai passando e parando em alguns barracões e nos pontos mais famosos da cidade cenográfica tem sempre uma história contada pela guia.

 

 

 

A cidade cenográfica é muito perfeita, recriando ambientes tal qual ele é na vida real. Até as marcas de chicletes e cocôs de pombos são colocados de forma estratégica, onde realmente eles deveriam estar. Também fazem ferrugem, imitam plantas e as fachadas realmente são só fachadas.

Tem imóvel que a fachada da frente é uma igreja, a do um lado é uma casa e a do outro lado é um comércio.

 

 

 

 

 

Muitas das fachadas são apenas pinturas, mas quando a filmadora com toda tecnologia faz o foco, parecem de verdade. Por trás das fachadas, somente estruturas de madeira para segurar o que aparece nas telas.

 

 

 

 

É muito legal ouvir os detalhes contados pela guia, que falava muito rápido em espanhol. Eu pedi a ela que falasse mais pausado e ela me atendeu, mas logo disparava novamente e eu pouco entendia.

A cada lugar ela contava quais as cenas de qual filme foram feitas ali. Nessa de baixo por exemplo o homem aranha voou por estas escadas.

 

 

Como o homem aranha voava? Ele voava e tantas outras cenas são feitas com a magia do fundo verde. Os atores se posicionam amarrados, escorados ou sobre objetos numa sala toda verde. Depois de pronta as imagens ganham movimentos com projeções de fundo feitas pelo computador.

Para o visitante que quiser aparecer voando ou pilotando a moto do Batmam, basta pagar uma taxa, sentar na moto numa sala com fundo verde e o computador entrega um filme como se estive realmente pilotando a toda velocidade em um ambiente que parece real, sem sair do lugar.

 

 

Este é o estúdio para o turista se parecer com um herói. A foto não ficou muito boa por que sem pagar a taxa não pode sequer fazer fotos, mas num descuido do segurança eu consegui.

 

 

Estes são os heróis fabricados e eternizados no mundo pela Warner, menos aquele carequinha que aparecer na foto também. Ele é um visitante normal.

Muito legal ver os vários batmóveis, as motos, o avião e as vestimentas do Batman, meu preferido. Também tem tudo do Supeman, da Mulher Maravilha, do Flash, do Aquaman, da Mulher Gato, do Besouro Azul e de cada um dos mais de 120 personagens que fazem parte do time da Warner.

 

 

 

 

Harry Potter também esta guardado em um dos estúdios exclusivos, com todos os detalhes do seu mundo mágico e seu arsenal de magias.

 

 

 

Também tem todos os detalhes dos desenhos animados produzidos no estúdio e numa ela fechada maravilhados, as etapas da preparação dos sons que a gente ouve. Fantástico.

 

 

 

O mundo do cinema é realmente mágico. Conseguem fazer a gente acreditar numa realidade onde tudo é fantasia. Confesso que não gostei muito de ver os detalhes das mentirinha contadas nas telas, apesar de que eu já sabia. Talvez preferisse não ter visto e continuar acreditando que realmente o Aquaman vive dentro da água, que o Supermem voa e a varinha do Harry Potter é mágica de verdade.

Viver na ilusão, sem saber como é feito é na verdade a grande magia do cinema e da televisão. Eu já sabia mas agora eu vi, mas o encanto continua. Foi legal. Aqui o cenário imita o real e a edição faz a magia.

 

 

 

 

Passeando por uma das ruas de Los Angeles, observei muitos trens parados no mesmo espaço e decidi estacionar para conhecer. Era um museu de trens e, como eu sou muito fã, entramos.

São sucatas de máquinas e vagões que alavancaram o progresso no Estados Unidos, assim como em todo mundo, onde os governos inteligentes investiram em estradas de ferro.

 

 

 

Chegou a hora de dar um trato no carro, estava precisando de uma limpeza. Fomos em um lava jato com uma máquina enorme, cheia de borrachas e escovas. Coloquei o carro em um trilho e a máquina conduziu ele para lavagem. Primeiro água, depois espuma, esfrega tudo, enxágue e 4 turbinas fazem a secagem. O resultado foi muito ruim. Praticamente tirou só a poeira. Depois estacionei em outro box para aspirar e fazer o acabamento. Em resumo, eu paguei mas foi Ade e eu que deixamos o carro limpo.

 

 

 

Los Angels é uma imensidão de urbanidade, com dezenas de cidades interligadas por rodovias que cortam a região em todos os sentidos. São rodovias com 4, 5 ou 6 faixas de rodagem e, em algumas delas, uma faixa é exclusiva para veículos com mais de um passageiro. Só podem trafegar por ela os veículos que transportam caronas. Normalmente, quando as outras vias estão congestionadas a “carpools Only”, tem transito livre para andar na velocidade máxima da via.

Quem desobedece a regra, pode pagar uma multa de 450 dólares.

 

 

Pelas belas vias, fomos passear nas pequenas cidades do Condado de Los Angeles. Conhecemos Passadena, uma pequena cidade com qualidade de vida exemplar. Toda arborizada, as melhores escolas, livre de violência, com uma área urbana muito bonita e belas obras da arquitetura.

Depois passamos por Rosemead, outra pequena cidade onde a maioria da população são imigrantes da Ásia, principalmente chineses.

 

 

Numas das praças que passamos, parei para ver a história destas cabeças de bronze gigantes. Ela foi idealizada e esculpida para homenagear os irmãos Robinson, atletas que levaram o nome da cidade a nível nacional e mundial. Depois de famosos, os dois foram batalhadores incansáveis da justiça civil em defesa dos negros, por isso também ganharam grande notoriedade.

Como simbolismo, o irmão da direita que ficou na cidade, está olhando direto para a prefeitura. O da esquerda, que foi embora da cidade, olha para a rua.

Em volta das esculturas tem um anel com o nome das pessoas, empresas e entidades que fizeram doações para construção da homenagem. A prefeitura só cedeu o espaço. Bonito de ver a população patrocinando homenagens para pessoas que foram importantes na cidade.

 

 

Voltamos a passear no centro de Hollywood sem descer do carro e, ao anoitecer, voltamos para o merecido descanso, cansados e felizes de tanto turistar.

Dia seguinte seguimos pelas belas vias até o litoral da California, um dos mais famosos do planeta. Depois eu conto.

 

 

 

 

 

Related Post