Saindo do Estado da California e entrando no Estado do Oregon, noroeste dos Estados Unidos, paramos para conhecer a terra do Pé Grande. Dizem que ele ainda vive por aqui, pelo menos em belas estátuas de madeira eu garanto que sim. Pessoalmente não o conheci.
Quem afirma que ele ainda vive são as pessoas que trabalham no parque “Trees of Mystery”, onde tem um grande acervo sobre as lendas e costumes da região.
Alguns dos animais, que eles dizem que ainda vivem por aqui, estão empalhados, grudado nas paredes tentando encantar quem nunca os viu pessoalmente. Nosso caso, por exemplo.
Além das roupas usadas e dos costumes dos nativos que você pode conhecer, também é possível comprar alguns objetos semelhantes aos originais ou obras de arte feitas por excelentes artistas regionais.
O grande chamariz do local com 15 metros de altura é o famoso “Paul Bunyan”, um lenhador gigante que andava sempre em companhia do “Babe”, o Boi Azul, gigante também. A lenda é popular e todos os Estados Unidos e dizem que foi ele que passou arrastando seu machado pelo Rio Mississipi e formou o Grand Canyon.
Já de início o Estado de Oregon nos encantou com suas praias cheias de rochas gigantes e areias normais, daquelas amarelas iguais as nossas do Brasil.
A região é muito visitada por turistas, principalmente os caravanistas. Nos chamou a atenção a quantidade de motorhomes e trailers circulando pelas estradas. Por conta disso, a todo momento dava para visualizar um novo camping, quase todos lotados.
Existem muitos campings nesta região, muitos moram nos seus veículos recreativos, por isso, quase sempre é preciso fazer reservas antecipadas se quiser acampar.
São muitos os mirantes, pontos de parada para avistar o mar. Tem alguns que são quase no nível do mar, mas a maioria fica em cima das montanhas, beirando os desfiladeiros, alguns chegam a mais de 500 metros de altura e promove uma emocionante visão do mar, das rochas e das praias vistos de cima.
Além das belas paisagens, das belas e bem conservadas estradas, o que também nos encantou na região foram as pequenas cidades que estão pelo caminho. Não passa de 20 quilômetros já tem uma. Todas simpáticas, com movimento de pessoas pelas ruas, comércio pujante, agradáveis de conhecer.
Paramos em várias para visitar lojas, atrações, museus regionais e para comer. Numa delas avistamos uma feira de produtos locais e, claro, paramos para conhecer. É o próprio produtor que fica vendendo sua produção e tem até música ao vivo com um casal tocando e cantando músicas regionais, caipira mesmo, que eles chamam de country. Muito bom de ouvir.
Tudo acontece ao lado de um pequeno riacho em meio as matas com flores em vários canteiros.
Entramos numa cafeteria e o dono, como nosso filho Hugo, também é aficcionado por café. Ele também tem torrefação ali mesmo no local e lá se foi uma demorada conversa. Ao final ele deve entrar em contato com o Hugo para falar mais sobre cafés.
Ele nos deu várias provas de cafés com torras diferentes e no final, não cobrou nada. E os cafés que provamos estavam ótimo.
São muitos mirantes que nos convidam para parar e apreciar a vista. Para quem vem do norte e segue para o sul, os mirantes são mais seguros para entrar com o carro. Ao contrario é quase sempre perigoso. É preciso cruzar a rodovia, com muitas curvas e as vezes com pouca visibilidade. Claro que a velocidade é baixa e existe muito respeito e educação entre os motoristas, mesmo assim é perigoso.
Em muitos dos mirantes tem mesas para fazer um lanche e banheiros limpos. É comum viajantes fazerem lanches dentro do carro ou nas mesasque ficam no pátio.
Tudo estava muito bonito, num agradável dia de sol. A única coisa que incomodava era que a cada 200 ou 500 metros tinha esta placa lembrando a gente de uma recomendação que a gente não quer usar.
Nosso trajeto previa sair da beira mar em Lincon City rumo a Portland, mas a estrada estava tão bonita e gostosa de passar, que resolvemos seguir até Astoria, bem no noroeste do Estado de Oregon.
Assim que chegamos ficamos admirados com o tamanho de uma das pontes da cidade. Ela é gigante, deu até medo, mas nós não precisaríamos atravessar por ela. Era só para admirar e fotografar. Mas o destino mudou quando o GPS mandou eu entrar numa rua e na busca do outro caminho entrei numa rua sem retorno, que só levava para a ponte gigante.
Tudo bem, trafegando por ela não dá medo. Foram quase 15 quilômetros ida e volta sobra a ponte, até chegarmos no hotel.
A ponte é muito alta, por conta dos navios que passam por baixo e nosso hotel fica bem embaixo dela. Literalmente, no noroeste dos Estados Unidos, moramos em baixo da ponte.
Passeamos pela orla, vimos o bondinho passando e seguimos viagem para Portland, a maior cidade do Oregon.