Puerto Natales é mais conhecida por ser a porta de entrada de turistas que chegam para conhecer o Parque Nacional Torres del Paine, mas não é só isso. A cidade com pouco mais de 20 mil habitantes, conserva uma beleza singular, às margens do Canal Señoret, na Antártica Chilena.
Na entrada da cidade o Milodón dá as boas vindas junto a uma réplica da escultura dos dedos que brotam da terra, que existe em Punta del Este no Uruguai.
As belas montanhas do outro lado do Canal é o principal cartão postal da cidade.
A cada hora se pode fazer uma foto diferente na mesma posição, com o aumento do gelo no alto das montanhas, com a passagem dos barcos, com o descansar dos pássaros e ao entardecer.
Dá vontade de ficar um dia todo admirando aquela paisagem, e ficamos. Ali conhecemos o Marcel e a Juli, um jovem casal que já estão na estrada para completar a volta ao mundo. Tomamos mate e no meio da tarde, Ade fez um deliciosa sopa que juntos saboreamos inseridos na incansável paisagem.
Puerto Natales foi criada por capricho comercial de um alemão, que construiu um porto para exportar ovinos e bovinos para a Europa. Depois chegaram os espanhóis que contribuíram para o desenvolvimento da cidade.
Próximo da praça central, fica o Mercado de Artesanatos Regionais, uma boa opção para um lanche e para comprar miniaturas do Milodón.
Um outro monumento muito simpático da cidade é o casal que parece pairar no ar, no Museo a Céu Aberto às margens do Canal.
A principal atração da cidade fica a 25km, seguindo por uma estrada de rípio (irghrrr), que leva até as Cuevas del Milodón.
O Mylodon Darwini é um mamífero herbívoro que habitava a região, extinto há mais de 10 mil anos. Era uma preguiça peluda, com quase de 3 metros de altura, pesava até uma toneladas e habitava as cavernas.
Em 1.896, uma expedição de reconhecimento chefiada por um alemão, encontrou restos de pele e ossos em excelente estado nas grutas da montanha, que foi batizada como Cuevas del Milodón.
O Monumento Natural Cuevas del Milodón é formado por três cavernas. A maior mede 30 metros de altura, 80 metros de frente e 200 metros de profundidade. É possível caminhar por dentro da caverna, toda clara por conta da grande abertura.
A Cueva del Medio fica a menos de 1km e a Cueva Chica é a mais simpática das três, onde se pode caminhar agachado, no escuro, de onde partem diversos túneis que ainda não foram totalmente explorados.
Fotos de cavernas não são muito simples, mas a emoção de observar tudo de perto é indescritível. O parque é todo sinalizado e, dizem por aqui, esta guardado por uma pedra gigante que chamam de Silla del Diablo.
A Silla del Diablo, cadeira do diabo, é uma pedra com 30 metros de altura, que os nativos acreditavam que ali o diabo ficava sentado, descansando, observando as belezas do parque. Ainda bem que o cara não estava lá sentado quando passamos.
É isso mesmo. O lugar é tão bonito que até o diabo gosta. Mas deixa ele pra lá. Nosso parceiro é Deus, que ofereceu tamanha beleza, onde podemos olhar, tocar, sentir e até subir.
Pai, todo post tem uma sopa, é isso mesmo?
“Ainda bem que o cara não tava lá” hahahaha só vc, pai. Lindas cavernas!!!