Depois da inesquecível expedição pelo Jalapão, voltamos para o mesmo hotel em Palmas e no dia seguinte passeamos de moto pela cidade, por asfalto bom, ruas largas e bem sinalizadas.
Destaco duas falhas na urbanização da nova cidade. Primeiro o endereço. A cidade é separada por duas avenidas que se cruzam formando quatro partes. Uma separa o par do impar e a outra separa o Norte e o sul. São quadras enormes, identificadas por letras, números e nomes, confundido até mesmo os motoristas de taxis.
Esta é a segunda tentativa da prefeitura em corrigir este problema. Hoje a população não sabe direito se ainda vale a antiga ou a nova nomenclatura de endereços da cidade. Acho que erraram nas duas tentativas.
Levei a moto para a revisão e demorei muito para achar o endereço. O GPS não identifica as ruas conforme a nomenclatura e as pessoas se esquivam quando percebem que você vai pedir informações de endereço.
Um endereço simples em Palmas é “103 Sul Avenida Lo – 01, 78, Centro, Palmas – TO”, sem contar o nome do estabelecimento, se for comercial.
Se o pedestre estiver caminhando por uma rua, a cada cruzamento tem que ir até o meio da enorme quadra, para usar as faixas de segurança. Pela lógica do caminhar, quase todos atravessam nos locais não permitidos.
Existem vários órgãos do governo espalhados, no centro geodésico do Brasil. Este foi o motivo da cidade ser neste local. Como na criação houveram muitas disputas dos municípios para ser a capital, decidiu-se partir do zero e criar uma nova cidade no centro geodésico do Brasil.
Identificado o centro, houve uma missa no local para colocar a pedra fundamental na construção da mais nova capital de Estado do Brasil, que fica justamente aos pés do mastro de uma enorme bandeira do Brasil, onde a Ade está pisando.
Em um restaurante, conhecemos os proprietários, uma família vinda de Santa Catarina para ajudar a desbravar a região e ganhar dinheiro. Disse o patriarca que por aqui se ganha dinheiro mas a terra natal os chamam de volta. Agora o coração anseia pelo Ser e a razão pende para o Ter. Recomendei que ele preferisse o Ser e voltasse para onde o coração está mandando. Ele concordou e disse que além de já estar com idade avançada, tem algumas doenças graves e o que ele mais precisa agora não é de dinheiro e sim do amor da família e dos amigos que deixou.
Acho que ele já arrumou as malas e voltou para o Sul do País.
Durante a conversa ele percebeu e procurava explorar o meu pouco conhecimento de gestão empresarial. Fazia perguntas sobre como ele poderia melhorar o seu negócio, o que eu achava da oficina dele, como conviver em harmonia com os empregados, como conquistar mais espaço no mercado e como tratar seus clientes. Disse para procurar um consultor para fazer um diagnóstico e ajudar ele e seus empregados a estabelecerem metas e preparar planos de ação.
Orientei que buscasse no mercado um consultor de empresas ou SEBRAE, que ajuda muito e de forma positiva o desenvolvimento econômico e social pelo Brasil inteiro. Sempre que necessário eu indico o SEBRAE para empresários que me perguntam como melhorar.