Chegando em Goiânia, descobrimos que os hotéis cobram uma taxa de 15% do valor da despesa, por conta de impostos. Cobrar impostos do cliente às claras não é uma boa prática. Não gostamos de hotéis que extorquem hóspedes com frigobar, restaurantes e agora também com os impostos. Cobrar 5% já vimos, mas 15% é muito. Escolhemos um que não cobra a taxa.
O dia bonito e o bom asfalto, facilitaram a busca de hotéis.
Vimos muitos carros que já sofreram pequenas batidas no trânsito. Realmente o trânsito daqui é perigoso, mas por culpa dos condutores e não das vias. Velocidade alta dentro da cidade, passam com sinal vermelho, andam na contramão, na estrada ultrapassam pelo acostamento e os motociclistas ultrapassam por todos os lados, em pequenos espaços. Aqueles velhos e conhecidos conceitos de direção segura, deveriam ser espalhados para os moradores.
Chateados, fomos até a administração reclamar e descobrimos que a feira iria ser inaugurada somente no dia seguinte e o valor caro do ingresso era para um show que aconteceria a noite do “Alessandro & Gustavo”, os “fiotes” de “Zé Ricardo & Thiago”.
Reclamamos pela falha na informação por que entramos na feira somente para conhecer, sem assistir o show dos “fiotes” e não fomos informados na portaria que ainda não tinha feira. Não concordaram em devolver o dinheiro dos ingressos mas, pelo menos, pedimos que avisassem as pessoas naquele dia, que a feira ainda não havia começado para o público.
A Ade ficou muito brava e deu a maior bronca em todos os já estressados recepcionistas do evento. Depois ainda queria dar bronca no chefe dos vendedores da bilheterias, que deveriam ter informado que o valor era para o show dos “fiotes”, que iria acontecer a noite. Novamente extorquidos em Goiás.
Pelo menos vimos um boi.
Pamonha doce, salgada, assada, temperada, sopa de milho, cural, bolinho de milho, sorvete de milho, tudo muito saboroso, de bom visual e um belo atendimento. A proprietária contou sua vida para a Ade e deu a receita da pamonha assada.
Goiânia é uma cidade muito bonita, o sistema de transporte coletivo é parecido com o de Curitiba, com estações de embarque, pista exclusiva e ônibus biarticulados
Chega de Goiás. Aqui quase fomos extorquidos pelo guia em Pirenópolis, depois no supermercado em Caldas Novas e agora na Feira Agropecuária de Goiânia. Decidimos seguir viagem para o Mato Grosso, com céu azul de brigadeiro.
Rumo a Barra do Garças, adentrando o Estado do Mato Grosso, passamos por estradas de muito boa a muito ruim. Haviam trechos que os buracos eram tantos que ao longe se via um balé de carros, motos, ônibus e caminhões, andando em zigzag, desviando das crateras no asfalto.
Pelo menos, no Estado de Goiás, passamos por uma placa de sinalização honesta.
A viagem foi cansativa, demorada até chegarmos na bela cidade de Barra do Garças, onde três municípios dividem a beleza do encontro das águas de dois importantes rios na região.
Em Brarra do Garças, procuramos hotéis e nenhum nos encantou. Achamos uma pousada, muito bonita e a dona nos recebeu muito bem e ficamos por uma noite.
A dona da pousada, com aquele jeito de mãe de todos, recebeu uma outra senhora que veio trazer um presente a ela, do Dia das Mães, e foi muito engraçado o que ela chegou falando para o marido da dona, já de idade sentado numa cadeira de balanço: “depoi qui o sê sarô sê miorou, né?”. Eu e ele demoramos um pouco a entender, até que ela soltou uma bela e sonora gargalhada e todos rimos descompromissadamente.
Era domingo, Dias das Mães, saímos para comer peixe, na cidade dos peixes, que estava bem movimentada por conta do feriado.
Dia seguinte passeamos pela cidade e pegamos novamente a estrada rumo a Chapada dos Guimarães, passando por um mar de plantações em fazendas gigantes, quase sempre de propriedade dos empreendedores vindos do Sul.
A Chapada do Guimarães é a quarta chapada que estamos visitando nesta viagem. Certamente veremos belezas extraordinárias.