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7 Oklahoma City, a entrada do velho oeste


 

 

Saímos de Memphis e seguimos novamente por estradas fantásticas até chegarmos para dormir em Springfield, uma cidade muito bonita e bem cuidada. O nome da cidade é muito comum nos Estados Unidos. Existem pelo menos 38 cidades com o mesmo nome. Procurei no dicionário e não encontrei nada para traduzir este nome tão querido por eles. Talvez por isso e por ser um nome de vários lugares que foi escolhida para a cidade dos Simpsons, mas a Springfield deles é em Tocoma do Norte e aqui é no Estado de Kansas.

Na estrada paramos várias vezes para conhecer lojas regionais e nas lanchonetes beira de estrada e todas com o mesmo sabores à venda. Comidas em grande quantidade e cheias de engordantes. No caminho fomos visitando os locais que ainda restaram da lendária Rota 66, que vou comentar num post exclusivo da estrada mãe dos Estados Unidos.

 

 

Quando entramos no Estado de Oklahoma começamos a pagar pedagio. Numa das cabines não tinha ninguém, somente um funil para jogar moedas. Você vai jogando moedas até dar a quantia do pedagio, se passar na quantidade que você jogou, não tem troco. Eu tinha apenas algumas moedas, joquei no funil e o sinal não abriu pra eu passar. Faltava moedas e não aceita cédulas e nem cartão. Esperei chegar um carro para pedir ajuda e o cara simplesmente pegou um monte de moedas e me deu. Coloquei no funil, o sinal abriu e ainda sobrou moedas. Gente boa, nasceu pra ajudar.

Na cidade ficamos num hotel, num espaço gigante onde existem mais outros hotéis, próximo do centro da cidade. Um dos hotéis estava em construção e achei muito interessante o método que utilizam, especialmente o material empregado. Basicamente madeira, não é feito com tijolos ou concretos. No final fica igual aos de tijolos, mas com paredes ocas.

 

 

 

 

Fomos visitar a Skydance Bridge, a ponte que dança, uma das principais atrações de Oklahoma. Estacionei o carro numa vaga reservada para quem não quer pagar, indicada pelo guarda parque e saímos andando por belo parque até chegarmos na ponte.

O projeto da ponte foi inspirado na dança de acasalamento do papa-moscas com cauda de tesoura, um pássaro regional.

 

 

 

A ponte é somente para pedestre e liga dois belos parque passando sobre uma rodovia de muito movimento.

Na cidade tem muitas pontes bonitas, com fino acabamento e bem pintadas, como verdadeiras obras de arte. Outras obras de arte enfeitam as praças da cidade muito limpa e agradável para um passeio a pé. O piso do parque é todo emborrachado para caminhada e onde as crianças brincam o piso de borracha é ainda mais macio.

 

 

 

Antes de sair do hotel eu faço um roteiro para visitar as principais atrações de cada lugar. Nem sempre o GPS nos leva ao lugar onde queremos. Na rota estava o Bairro Cowboy que o GPS não encontrou, mas não desistimos até encontrá-lo.

O bairro é típico do velho oeste, com lojas, bares e restaurantes decorados tipicamente com o temas do faroeste. Parece que estamos dentro de um filme.

Entramos numa das lojas, gigantes como todas, mas o cheiro forte do couro, da poeira e até talvez de ácaros, nos fez sair em seguida.

 

 

 

Fomos visitar o Museu do Cowboy, gigante também, todo muito bem cuidado, com um acervo que pode durar um dia todo para vasculhar.

Tem obras de arte de excelente qualidade. Tem objetos originais com roupas, chapéus, armas, selas, botas, instrumentos e muito mais. Conta a vida dos moradores da época, dos índios nativos, da cavalaria e do exército. Conta a história das batalhas e existe até um replica perfeita de uma pequena cidade do velho oeste.

 

 

 

 

 

 

 

 

Se para quem domina o idioma inglês a visita já é longa, imagine para nós que precisamos muitas vezes apelar para o Google Tradutor.  Não deu para ler tudo.

Muitas figuras públicas ganharam fama nos Estados Unidos, mas nenhum se tornou um ícone cultural tão agraciado como John Wayne, um ator que personificou um caráter americano, modelo de masculinidade e coragem.

No museu tem uma ala exclusiva com fotos, filmes, roupas, armas e esculturas para o grande herói de todos os tempos do povo estadunidense.

 

 

Na volta passamos pelo Paseo Art District, um pequeno bairro com galerias de artes, lojas de grife e restaurantes caros. As ruas estavam em reforma e quase não havia  movimento de pessoas, aliás, pela cidade toda quase não se vê pessoas pelas ruas. Conhecemos mais uma cidade americana quase deserta de pessoas.

 

 

Foi agradável conhecer Oklahoma City e toda história que aconteceu na região. A cidade cresceu em meio a conflitos entre índios nativos com outros índios invasores, depois dos índios com os franceses, depois dos franceses com os espãnicos, até que o governo começou a doar terras para colonos que estavam dispostos a explorar as grandes planícies. Aos poucos os estadunidenses recuperaram as terras, os europeus se retiraram e os índios coabitaram a região com os novos proprietários, sem muitos direitos.  Recentemente o governo reconheceu a injustiça feita com os povos indígenas e demarcou um novo território beneficiando os nativos cara pálidas.

 

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