A França surpreende em cada região. A região da Cote D’azur é a mais bela de toda França. Bela no verão e muito mais ainda no inverno.
Trafegamos pelas belas estradas francesas, por rodovias sem pedágios, passando por dezenas de pequenas cidades.
Um detalhe interessante sobre os franceses. Suas rodovias são muito bem cuidadas mas o asfalto nas cidades são cheios de defeitos, com buracos, emendas e pouca sinalização.
Paramos para um lanche e depois começamos a subir as montanhas dos Pirineus. Quanto mais subíamos, mais a neve aparecia, formando imagem muito diferentes das que já vimos.
Mais neve e mais emoção com o aumento da altitude. Na primeira oportunidade, paramos a carrinha para fazermos um boneco com a neve.
Passamos pela fronteira sem qualquer fiscalização e seguimos subindo e a neve aumentando cada vez mais.
No alto das montanhas, a 2026 metros de altitude, a neve chegou a nos assustar. Asfalto com gelo e montes de neve nas laterais. Parecia que uma avalanche poderia acontecer a qualquer momento. Foi tenso mais muito emocionante.
Pegamos várias tempestades de neve, que duravam alguns quilômetros, depois acalmava conforme descíamos das montanhas mais altas.
Chegamos em nosso apartamento, o mesmo que ficamos no verão passado e, como antes, fomos muito bem recebidos pelos proprietários argentinos.
Fomos ao mercado e Ade fez uma bela refeição. Assistimos filme pela internet e dormimos, para amanhã brincarmos na neve novamente.
Após um gordo café da manhã, subimos a montanha com o funicular, até chegarmos em uma estação de esqui, agora sim, toda coberta de neve.
Na subida já íamos nos encantando com as montanhas cobertas pelo branco da neve.
Na estação muita gente se divertindo com esportes e brincadeiras na neve. Até tentamos escorregar com um esqui, mas foi melhor deixar para quem sabe.
Parecíamos duas crianças, chutando, fazendo guerra com a neve de boa qualidade, que nos permitia fazer até bonecos.
Nosso boneco serviu depois para outros turistas pousarem para fotos ao lado dele.
Ficamos horas a observar tanta beleza e pensando em mais estripulias para fazer no chão gelado. Decidimos lembrar e homenagear nossos amados que estão em Curitiba. Hugo e Paula nossos filhos, Bruna nossa nora e nossos netos Sophia e o bebê, que ainda não tinha nome, que chega em julho de 2015, um irmão para Sophia e mais um tesouro em nossas vidas.
Pulamos, caímos, escorregamos e fizemos até uma sessão de fotos da Ade. Foi muito divertido, não estava muito frio e a visibilidade estava ótima.
Já cansados, paramos para um chocolate quente, admiramos mais um pouco a bela paisagem branca e resolvemos descer.
Ao pegarmos o bondinho, Ade reclamou que não estava sentindo a ponta dos dedos das mãos, depois dizia que sua boca estava toda adormecida. Fiz com que ela fizesse vários movimentos, mexendo as mãos, o queixo, a língua e a boca, emitindo sons, fiz massagens e logo tudo voltou ao normal. Descemos tranquilos.
Dia seguinte, com muito frio, descansamos em casa, apreciando apenas a bela visão de nossa sacada, um pouco diferente do verão passado, sem tanto verde e com o topo das montanhas com neve.
Levamos a carrinha para manutenção, troca dos pneus e limpeza. Somos muito agradecidos pela boa performance de nossa condução. Até agora, sem qualquer problema em mais de 23 mil quilômetros rodados, nos levando onde bem entendemos, com apenas 1 litro de diesel a cada 17 km.
Foi uma benção a compra desta carrinha, não cansamos de agradecer.
Passeamos no centro de Andorra-a-velha, com pouco movimento por conta do frio e da chuva, andando calmamente, entrando em lojas e fazendo compras no paraíso do consumo.
Carrinha em ordem, cansados ainda das estripulias na neve e dos passeios a pé pela cidade, voltamos para o quentinho de casa.
Dia seguinte saímos cedo deixando, mais uma vez felizes, o país das montanhas gigantes.
Entramos novamente na Espanha, passando pela fronteira sem barreiras, rumo a Zaragoza, nossa próxima parada.