Expedição América do Norte 2024 8 Entrando cada vez mais no velho pelo Texas e Novo México

8 Entrando cada vez mais no velho pelo Texas e Novo México


 

A paisagem foi mudando, onde era tudo verde começou a ficar marrom, com vegetação seca e a terra rachada. Chegamos em Amarillo, no Texas, no meio do País.

 

 

Amarillo é conhecida como a “Rosa amarela do Texas”, com quase 200 mil habitantes, que também conta uma história de homéricas batalhas entre estadunidenses, franceses, latinos e índios.

Nos tempos de disputas pela posse das terras, o governo estadunidense percebeu que estava perdendo espaço e começou a fazer doações de grandes lotes para quem quisesse desbravar e desenvolver. Mais uma vez, o índios proprietários naturais, foram vencidos e escanteados pelos cowboys que implantaram as leis do velho oeste.

 

 

Amarillo é famosa em todo País pelas grandes festas de rodeios que aconteces na cidade. Infelizmente quando passamos não havia nenhuma festa programada, onde poderíamos conhecer os incríveis cowboys e cowgirls, profissionais valentes que sacodem sobre touros e cavalos bravios.

 

 

Saímos para um passeio e o dia estava nublado, com uma forte garoa. Primeiro fomos em um Museu de Motorhomes, mas estava fechado. Um senhor me disse que eles abrem quando querem, tudo bem, ficamos sem ver.

Depois fomos para o Historic District, onde a maioria das lojas estavam fechadas, bem frio, garoa forte, também não nos animamos em descer do carro e continuamos passeando pela cidade.

 

 

 

Com frio e garoa, nossa escolha foi ir mais uma vez para um daqueles espaços gigantes com muitas lojas, comuns aqui nos Estados Unidos. Uma das lojas valeu a pena conhecer. Lá eles vendem de tudo para churrasco, desde indumentárias para o assador até acessórios e churrasqueiras que até parecem um reboque.

Se não bastasse todos os utensílios à venda, ainda vendem o carvão e os cortes especiais de carnes. Você só não pode assar lá na loja, mas dá pra levar tudo que precisa para um bom churrasco

 

 

Restaurantes aqui no centro do País, são poucos, tem poucos clientes, a comida é demorada e nem sempre nos apetece. Claro que existem bons restaurantes, porém são caros e pouco frequentados. Como sabemos, quase sempre, quando a rotatividades de alimentos é baixa, a qualidade pode ficar prejudicada, Na verdade, não gostamos e nem as pessoas locais gostam muito de restaurantes. Quase sempre preferem comidas prontas compradas nos mercados, pizzas e principalmente sanduíches.

Sempre que possível, reservamos hotéis com uma cozinha compacta. Preferimos fazer nossa comida, com nosso tempero, respeitando nossos costumes, sempre com o tempero e a esperteza da Ade no preparo das refeições.

Passamos no mercado e fomos para o hotel fazer nossa própria comida.

 

 

Passamos rapidamente pelo Texas e entramos no Novo México e a paisagem amarela foi aumentando cada vez mais. Terra seca e plantas típicas do serrado. Em alguns momentos lembra a região do Brasil entre os estados de Goiás, Tocantins, sul do Maranhão e até um pouco do Ceará.

 

 

 

 

As estradas são com retas intermináveis, quase sempre com pista dupla e a velocidade ente 60 e 80 milhas por hora é respeitada por quase todos. São muitos caminhões circulando, trailers, motorhomes, automóveis e muitas caminhonetes,  de todos os tamanhos, algumas como se fosse o cavalinho de uma carreta, puxando enormes carrocerias extras.

 

 

As senas de abandono na região é muito comum. Prédios, veículos, maquinários e sobra de materiais ficam largadas em muitos quintais. Não sei se estão lá por que os moradores são acumuladores ou se eles tem dificuldades para descartar, ou talvez guardam esperando aqueles caçadores de relíquias.
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Chegamos em Albuquerque, a maior cidade do Novo México, ainda impregnada com a cultura dos índios e dos mexicanos que habitam a região muito tempo antes dos europeus chegarem. Toda esta região já pertenceram aos índios nativos, tomadas por invasores mexicanos e mais tarde tomadas ou compradas pelos Estados Unidos e batizada de Novo México, que se tornou um dos 50 estados do País.

Albuquerque ficou conhecida no Brasil quando a telenovela Bang Bang, planejada no estilo velho oeste, teve algumas cenas ambientadas na cidade. O enredo contava história de um xerife que foi morto por um impostor para assumir o cargo. Também tinha um vingador que se apaixona pela filha do forasteiro que ele veio para matar. A telenovela foi produzida e exibida pela TV Globo, nos anos de 2005 e 2006, com 173 capítulos, alguns filmados no cenário do velho oeste original.

 

 

Desta vez não reservamos o hotel e decidimos arriscar. Com uma lista de três opções, chegamos no primeiro e estava lotado e descobrimos que vários outros na cidade também estavam lotados. Havia uma grande festas dos índios na cidade. O evento acontece todos os anos no “Indian Pueblo Cultural Center”.

No centro de eventos dos índios tem um museu e um grande espaço onde acontecem as danças das várias etnias. A grande festa anual serve para comemorar a preservação da cultura indígena na região, quase dizimada pelos espanhóis numa guerra que durou 12 anos. Hoje descendentes de mexicanos, remanescentes indígenas e invasores estadunidenses vivem em harmonia.

 

 

 

 

Além das danças e solenidades, os índios vendem artesanatos durante o evento para os visitantes da cidade e para os próprios índios.

 

 

A cultura dos índios nativos e dos espanhóis prevalecem por aqui. Dialetos indígenas e o idioma espanhol é tão falado como o inglês. Em “Old Town”, um bairro central da cidade velha, a cultura espãnica no estilo do México se mistura com a cultura dos índios nativos e estão muito bem preservadas, longe das características dos Estados Unidos.

Todas as  edificações do bairro são feitas com taipa, onde a cor marrom predomina.

 

 

 

 

Deixamos Albuquerque dos índios e dos mexicanos, que agora é dos Estados Unidos e seguimos nosso caminho entrando cada vez mais no velho oeste americano.

 

 

 

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