Dia de sol, saímos para ver a neblina na Serra de Sintra e visitar mais dois castelos, que ainda não conhecíamos. Na cidade existem vários castelos e mansões de famílias nobres do passado que os construíam para passar férias. Enquanto as mulheres engordavam com guloseimas, os homens iam à caça.
Sintra é sempre tomada por turistas, não somente pelos seus castelos e palácios, mas também pela seus sabores, especialmente os doces, azeites e os vinhos.
PALÁCIO DA PENA
O principal é o colorido Palácio da Pena, que já visitamos na primavera passada e já foi tema de um dos primeiros posts deste blog.
O castelo, ou Palácio, Quinta da Regaleira foi construído, ampliado e reformado durante 4 séculos, já pertenceu a vários nobres, empresas particulares e órgãos governamentais. Dizem que também já pertenceu a um milionário brasileiro.
Entramos no prédio principal para conhecer a exuberante decoração, que envolveu renomados escultores em madeiras, em metais forjados e em cantarias, que é a arte de talhar rochas.
Luigi Manini, um coreógrafo italiano, foi o responsável por esta bela obra de arte e arquitetura. Luigi já havia trabalhado em vários outros palácio na Itália e Portugal e, para cada um deles, elaborava centenas de desenhos e maquetes até que sua concepção ficasse ao seu gosto.
A morada da Quinta da Regaleira, não ficou somente do solo para cima. Túneis estão por toda parte.
O Túnel da Capela é como se fosse uma varanda cravada na rocha. Dali saem vários túneis para quem quer se aventurar nos labirintos escuros e sem mapas.
Os túneis são estreitos, escuros, úmidos, bifurcam ou terminam em uma parede de rocha.
Entramos em alguns, mas logo voltamos por não enxergarmos qualquer luz no fim do túnel.
Eles interligam toda a propriedade e, para o turista, é sempre um mistério saber qual deles escolher e onde ele irá chegar. O final de cada túnel é sempre uma surpresa.
Um dos túneis leva até o ponto mais enigmático do passeio pela propriedade, que é o Poço Iniciático.
O poço é na verdade uma torre invertida, que aprofunda 27 metros para dentro da terra, de onde saem túneis que levam à Capela, ao poço da Regaleira e ao lago da cascata.
Voltamos para o caminho a céu aberto e nos deparamos com uma pequena Capela, toda entalhada, com fabulosos vitrais, pinturas e esculturas, com cenas da Anunciação e da Coroação de Maria.
A Ordem de Cristo, herdeira da Missão Templário também está simbolizada na decoração da Capela.
Nos jardins, a cada passo uma nova surpresa. Além das várias torres, existem muitos bancos talhados na rocha e muitas fontes, que antes forneciam água potável. As águas vem de longe, por túneis cavados nas rochas.
Passamos pela Gruta da Virgem, toda fechada, dentro de uma rocha onde, provavelmente, as moças entram virgens e saiam senhoras.
Ade e Isa chegaram até a entrada, tentaram uma pose de virgem, pensaram bem e concluíram que esta gruta não mais lhes pertencem.
Outros belos espaços foram criados nos jardins para deleite dos nobres, que na época, financiavam caravelas para novas descobertas e recebiam metais e madeiras que aumentavam suas posses e enfeitavam suas moradas de veraneios.
Depois passamos pela Alameda dos Deuses, com estátuas das divindades alinhadas e, uma última e bela vista do Palácio Quinta da Regaleiras, que bem poderia ser chamado também de quintas das regalias.
Os mouros foram expulsos de vários pontos da Europa e ainda hoje, muçulmanos radicais alertam para uma retomada. Eles tem até cronograma e dizem que Portugal será retomado logo após o ano 2020
Foi uma visita ao passado, às historias que construíram Portugal e que Portugal muito bem preserva. Com minhas modelos Ade e Isa, a beleza da paisagem, da arte e da arquitetura, ficaram ainda mais encantadora.