Saindo de Barreirinhas, passamos pelos pequenos lençóis onde a areia já quase toma conta da estrada e as lagoas ficam a poucos metros, bem na beira do caminho. Tão bonito e atrativo como os grande lençóis, só que não tem ninguém, mesmo sendo gratuito e a poucos metros.
Paramos na cidade de Tutóia, entrada oeste do Delta de Parnaíba, e acabamos passando bem em frente ao cais onde chegam os pescadores. Compramos camarões grandes, que em Curitiba não sairia por menos do que 100 reais o kg e pagamos 40 reais. Ele cobrou 1 kg e ainda entregou 1.2 kg pelo valor de um.
Paramos numa praça na beira do mar, onde tem um navio naufragado e Ade fez uma parte dos camarões temperado com alho e óleo acompanhado de arroz e salada. Uma delícia, num lindo lugar.
O navio já foi um cargueiro de grande valia e afundou, provavelmente por barbeiragem da tripulação, em 1981. O Aline Ramos, nome do navio veio parar na praia e acabou virando uma atração turística. Muitos chegam para fazer fotos e todo casco já esta corroído pelo tempo, mas ainda vivo, servindo como lar de animais marítimos. Alguns tentam induzir a lenda de que o Aline Ramos é um navio fantasma.
Delta é o nome que se dá quando as águas de um rio que, antes de desembocar no mar ou numa lagoa, se divide em vários caminhos. Como se fosse uma mão onde se cada dedo fosse um dos caminhos do rio. O raro fenômeno ocorre em alguns lugares pelo mundo e o do Parnaíba, também chamado de Delta das Américas é o terceiro do planeta, rico em rios, flora, fauna, dunas de areias brancas e lagoas. O Delta fica entre os estados do Maranhão e Piauí.
Seguindo para o próximo destino, parei para fazer uma foto de um cemitério batizado com um nome bem sugestivo, verdadeiro eu diria.
Logo no povoado seguinte vimos novamente outro cemitério com o mesmo nome. Seria uma filial? Quem sabe uma franquia?
A tarde seguimos para Parnaíba, já no Piauí, entrada leste do Delta das Américas. Fomos pensando em fazer um passeio de barco para assistir a revoada dos guarás vermelhos. Para dormir fomos num hotel, que não gostamos e depois na praia da Pedra do Sal, que também não estava do nosso agrado. Procuramos uma agência para fazer os passeios, mas também não tivemos sucesso. As agencias estavam fechadas e no hotel ficamos sabendo que talvez não haveria passeios por ser uma segunda-feira, fora de temporada.
Desta vez desistimos de assistir a revoada dos pássaros vermelhos e seguimos viagem até encontrarmos um posto 24 horas. Encontramos um bom posto, com muitos gatos habitando o local, onde dormimos mais uma noite tranquila. Não vimos os Guarás vermelho, mas vimos muitos gatos de várias cores.
No caminho rumo ao sul do Piauí, paramos na estrada para fotografar uma cena já praticamente extinta no Paraná e ainda comum nesta região. Uma mulher lavando roupas no rio, batendo numa tábua para tirar a sujeira.
Quase sempre paramos nas bancas de frutas na beira da estrada. Tomamos um côco, uma garapa, provamos e compramos frutas e seguimos pela estrada. Nas paradas sempre tem um bom papo além de um descanso da viagem.
Próxima parada no Parque da Sete Cidades, assunto para o próximo post.
