Deixamos Chicago e seguimos para conhecer Saint Louis, às margens do Rio Mississippi. Foi uma viagem de quase 500 quilômetros, com duas, quatro e até seis pistas de rodagem. Sem subidas ou descidas, toda cercada, sem pedágio e sem sequer um buraco para desviar.
A volocidade cruzeiro fica entre 70 e 75 milhas por hora, ou 112 e 120 km/h. A cada duas horas paramos para esticar as pernas, abastecer ou somente para comprar um café e conhecer o comércio de beira de estrada.
Pelo caminho passamos por dezenas de fabricas de motorhomes e tralers, todos com o pátio lotado. Até ficamos intrigados com tantos equipamento para venda e tantos rodando pelas estradas. Será que tem camping para tantos?
Saint Louis é banhada pelo Rio Mississipi, o segundo maior dos Estados Unidos, menor apenas do que o Rio Missouri, que é seu afluente. No total suas águas percorrem 6.270 quilômetros. A origem do nome é indígena, “misiziibi”, que significa “grande rio”. Dizem que se uma gota de água cair no Lago Itaca, onde ele nasce, leva 90 dias para percorrer todo o seu curso até desaguar no Golfo do México.
O Rio conta a história dos Estados Unidos, sendo grande centro de disputas entre franceses, espanhóis e ingleses. Após décadas de guerras e negociações, todo território em torno do grande Rio foi finalmente incorporado às terras do Tio San. O Rio também é eternizado em várias canções de importantes cantores estadunidenses. Além de fornecer água, eletricidade, alimento e lazer para milhões de pessoas que vivem às suas margens, também serve como importante via no transporte na região central do País.
Em Saint Louis fomos conhecer a principal atração da cidade, o Gateway Arch, o maior arco do mundo, com 200 metros de altura, projetado por um finlandês e um alemão em 1.947. Foi inaugurado somente em 1.968. Foi construído em aço carbono para homenagear homens e mulheres que lutaram na expansão para oeste, quando derrotaram índios e invasores europeus. O povo descendente dos anglo-saxonicos que vieram para explorar a região, compravam ou tomavam as terras bravamente para expandir os Estados Unidos da América.
O arco é mesmo impressionante, pode ser visto de todos os pontos da cidade e, de perto, impressiona muito mais. É quase impossível fazer uma foto de perto que contemple todo o majestoso. Embaixo dele tem um museu contando a história da construção e, além de ser símbolo da cidade e atrair turistas, não tem outra serventia. é bonito de ver.
Saint Louis é uma das principais cidades do meio oeste estadunidense, com pouco mais de 300 mil habitantes, mas com uma região metropolitana que chega a quase 3 milhões de habitantes.
Isto justifica o que observamos na cidade, quase ninguém e poucos carros pelas ruas. No entanto, as marginais de vias rápidas são muito movimentadas e os carros trafegam a uma velocidade absurda, todos correm mas são muito educados e cuidadosos.
A cidade foi fundada pelos franceses, depois foi tomada pelos espanhóis, que depois devolveram aos franceses e finalmente foi comprada pelos Estados Unidos.
Passeamos pelas ruas desertas com muitas estátuas espalhadas pelos jardins e, talvez por não ter quase ninguém pelas ruas, grande parte das praças estavam fechadas para os pedestres por conta de reformas.
En frente a uma igreja encontramos um senhor com 87 anos e parecia muito triste, olhando para a igreja. Cumprimente-o e conversamos por um tempo. Ele disse que a cidade era mesmo assim, sem movimento. Ele contou que era cowboy foi casado com uma porto-riquenha, que morreu a duas semanas atrás, por isso ele estava triste e olhando para a igreja. Nos disse que precisava sair de casa para amenizar a perda. Perguntei a ele se podia ficar estacionado no pátio da igreja e ele disse que o estacionamento era somente para os católicos enquanto frequentam a missa. Como não tinha missa, ele disse que se alguém perguntasse era pra eu falar que estava esperando a missa que só aconteceria no sábado.
Procurando no Google encontramos o mercado municipal que estava fechado e todo mal cuidado. Depois fomos conhecer um parque enorme que entramos e passeamos com o carro. Tinham várias pessoas espalhadas pelos gramados, cada um vivendo sua própria vida, sem se importar com quem passava.
Ali entendemos uma das curiosidades da cidade. Dizem que ela é assombrada e já foi palco de vários crimes que ganharam fama em todo País. Até procuramos um bairro que dizem ser assombrado, mas ele fica fechado e só aceita visitas guiadas.
Realmente, alguns lugares pelos bairros que passamos, não tinha um aparência de muita segurança.
Deixamos Saint Louis sem muitos atrativos e seguimos para Memphis, a terra de Elvis e do Blues.