Finalmente encontramos o Oceano Pacífico, na famosa praia de Long Beach. Percorremos várias praias na região, estava frio e para estacionar tem que pagar 15 dólares em cada uma das praias. Passando pela rua a beira mar, avistamos enormes estacionamentos, uma faixa de areia gigante e a visão de fundo são enormes plataformas de petróleo no alto mar de águas geladas.
A cada pequena vila fizemos passeio pela ruas e, numa das paradas, conhecemos a ilha artificial de Naples, quase toda residencial, onde alguns moradores tem o privilegio de atracar suas embarcações no fundo do quintal. Veja na foto do Google Maps.
Falado em barcos, eles estão por todo lado. Existem várias marinas, todas tomadas por barcos luxuosos, grande e maiores ainda, à espera de seus ricos proprietários para um passeio no Pacífico.
Ali também atracam gigantes dos mares, trazendo turistas afoitos para conhecer a cobiçada Los Angeles.
O icônico transatlântico Queen Mary, construído na década de 1.930, está ancorado permanentemente no cais de Long Beach. O navio já abrigou estrelas de cinema, membros da realeza e governantes. O Queen Mary estabeleceu o recorde como transatlântico mais rápido quando começou a navegar.
Foi convocado na segunda guerra mundial e camuflado com tinta escura como disfarce para transportar soldados, que lhe deu o apelido de Fantasma Cinzento.
Hoje o poderoso transatlantico continua fazendo história, transformado num luxuoso hotel com 350 quartos e vários restaurantes. Também recebe visitas guiadas para contar sua história cheia de ação, aventura, romance e atividade paranormal.
O centro de Long Beach esta tomado por altos edificios, ruas largas, pouco movimento e muitos lugares para comprar e comer. A cidade tem pouco mais de 450 mil habitantes e tem um dos portos mais movimentados do mundo. Long Beach está declarada co-irmã da cidade de Santos no Brasil.
Proxima parada foi na também famosa e charmosa Praia de Santa Monica, muito frequentada por turistas e moradores da região. A cidade é uma graça, toda limpinha, com bela arquitetura, ótimas calçadas, variedades de restaurantes e hotéis para todos os bolsos.
O ponto central da Praia é o Santa Monica Pier, onde as pessoas se reúnem para ver o mar, frequentar os bares e se alegrar no parque de diversão.
Como fizemos uma foto em Chicago, na placa onde começa a Rota 66, também fizemos a foto na placa onde termina a rota mãe dos Estados Unidos.
Sempre tem várias pessoas fazendo fotos com a placa em Chicago, onde começa a Rota 66, como eu registrei nesta foto.
E em Santa Monica, onde termina a Rota 66, a sena se repete, muitas pessoas para registrar o momento.
O parque de diversão tem muitos jogos eletrônicos e de habilidades, tem roda gigante, carrinho bate-bate e uma pequena montanha russa.
O charme do parque é o carrossel gigante que fica dentro de um enorme galpão. Este foi o maior que já vi. Os cavalos são quase do tamanho real.
Na entrada dos estacionamentos na beira das praias, o sistema é normal. Você paga e entra. Agora, se você tentar entrar pela saída para não pagar, veja o que acontece. Estas garras de ferro quando pressionadas de dentro para fora do estacionamento, se abaixam e o carro passa sem problemas. O problema está quando alguém tenta entrar pela saída. As garras travam e explodem os pneus. Dá até medo de passar por cima delas, mesmo estando no sentido certo.
Passeamos pelas ruas da pequena cidade, fizemos um lanche e seguimos para conhecer Venice, mais uma praia bem frequentada no litoral do Condado de Los Angeles. Não conseguimos estacionar, as ruas estavam tomadas de carros e nem chegou o verão ainda. Seguimos em frente. Pegamos a rodovia e paramos novamente na Praia de Malibu, também muito frequentada.
Mais alguns quilômetros à frente, deixamos a rodovia beira mar e entrarmos para dentro do continente para conhecer Neverland, onde o Rei do Pop se divertia, quando ainda estava vivo. Mesmo sabendo que não poderíamos entrar fomos até o portão principal da casa dos sonhos idealizada por Michael Jackson.
A casa foi vendida e hoje o novo dono não permite visitas. Chegamos no portão, o simpático guardião veio nos atender, mas não deixou a gente entrar, mesmo sem a presença do dono naquele dia, mas nós tentamos.
Foi bom ir até Neverland, ver um pouco do lugar onde o Rei do Pop viveu. O guardião nos disse que todos os dias várias pessoas chegam para conhecer o portão e gravar seus nomes nas pedras do muro e, claro, se emocionar muito só por estar ali.
Nós também gostamos de estar lá. Foi emocionante trafegar pelas estradas com paisagem maravilhosas com diversas vinícolas e vilas aconchegantes antes de chegarmos a Neverland.
No caminho paramos em duas vinícolas. Tem muitas na região. Quando chegamos e nos identificamos como brasileiros, o atendente pediu mil desculpas pois as mesas estava todas reservadas. Mesmo assim no deu boas vinda e nos mostrou o caminho onde fabricam um pouco dos muitos vinhos da California.
A vinícola, como quase todas no mundo todo, é muito bonita, com belas construções e vinhedos bem cuidados. Nesta o que chamou a atenção foi uma mata deixada no meio das parreira, com formato de um coração, quando vista do pátio da vinícola.
Dormimos, acordamos e já partimos da pequena cidade de Morro Bay, agora seguimos pela Rota 01, outra rodovia icônica da California, que segue de Los Angeles até São Francisco, ora ao lado do mar, ora acima do mar.
A estrada é cheia de curvas pelas montanhas gigante, ao lado de precipícios e encostas com pedras soltas, que chega a dar medo.
A estrada tem vários mirantes onde se pode estacionar para admirar a paisagem, torcer pelos surfistas que vivem a vida sobre as ondas na California ou ver de perto os leões marinhos, largados aos montes pelas praias de areia escura.
Parei para abastecer a gasolina mais cara da viagem, U$7,98 por galão. Já paguei até U$3,90 no Estado de Nova York. Os valores variam de estados para estado e nos pontos turísticos fica ainda mais cara. O posto era feio, o dono era feio, a gasolina era cara, mas o entorno do lugar é um verdadeiro paraíso.
Além do posto feio e caro tinha um hotel bonito com vista fantástica e um restaurante maravilhoso, onde saboreamos um deliciosa sopa em clima de friozinho de serra, depois um café quente ao lado de uma lareira a gás.
Depois que trafegamos quase 100 quilômetros pela beira e acima do mar, encontramos uma barreira com trabalhadores impedindo a passagem, um deles nos informou que havia caído uma montanha sobre a estrada e a passagem estava proibida. Tivemos que voltar os mesmos 100 km para pegar a rodovia 101, para chegarmos em San Francisco. Foi ruim mas foi bom. Passeamos por grande parte do rodovia turística a beira mar.
Quando pegamos a Rodovia 101 percebemos a pujança da California na produção de vegetais para alimentar o País. Passamos por dezenas de quilômetros com plantações de hortaliças e frutas.
Paramos no acostamento, perto de um grupo de trabalhadores que terminavam o dia de colheita de morangos e alguns ainda estavam embalando a produção do dia. Eu pedi para comprar e o rapaz disse que não era permitido. Pedi para provar e ele disse que não era permitido. Uma mulher, não sei qual era o papel dela naquela produção, pegou uma caixa, depois duas e pegou a terceira caixa e nos presenteou. Perguntei quanto custava e ela disse que não era nada, que poderíamos levar como presente.
Ficamos emocionados com a atitude dela e partimos felizes com três caixas de belos e saborosos morangos. Mesmo sem conhece-la, fica nosso agradecimento publico pela gentileza dela e principalmente por nos causar deliciosa emoção.
De volta a beira mar, continuamos pelo litoral da California de ponta a ponta, apreciando os belos mirantes. Como seguimos do sul para o norte, várias vezes deixamos de parar em alguns mirantes por conta do perigo de cruzar a rodovia. Com certeza, quem faz o roteiro vindo do norte rumo ao sul tem muito mais opções de paradas de forma segura por estar na pista ao lado do mar.
Sem muita opções é assim que se toma sol por aqui. Nem vou comparar com nossas praias brasileiras, seria sacanagem. Mas aqui também tem sua beleza com penhascos e falésias, que nós temos também.
Esta árvore chamou minha atenção, parece que ela está escorrendo pelo penhasco para chegar no mar.
Outra paisagem bonita por aqui fica por conta das flores nativas, espalhadas por quase todos os caminhos e beira mar, ou melhor, acima do mar, à beira dos penhascos.
É impossível ou quase sempre perigoso chegar até na água. As opções são extensas escadas e em alguns lugares tem estradas para descer o penhasco de carro, até a praia.
Como havia uma forte neblina ao entardecer, comum por aqui quase ano todo, paramos para dormir em Fort Bragg, uma cidade charmosa ao estilo antigo dos Estados Unidos, que fica no condado de Mendoncino, norte da California.
Entramos em algumas lojas abarrotadas de mercadorias, muitas estúdios de tatuagem e muitas lojas de materiais para surfistas. Dizem que esta região está nos planos de surfistas do mundo todo, de um dia poder visitar ou até morar por aqui.
No centro da cidade tem uma estação de trens, preservada do passado, de onde parte um trem que dá uma volta na cidade e passa por dentro de um bosque, onde fica parado para os passageiros fazer um lanche. Confesso que achei meio sem graça o passeio além de muito caro, 53 dólares por pessoas para um passeio de uma hora e meia.
Mesmo assim fomos até a estação bem no horário que o trem estava chegando e à bordo veio um pudão, muito diferente dos poodles que já conhecemos.
Entramos em um museu sobre madeiras e o mais interessante estava do lado de fora. Uma árvore gigante, que estimam que viveu por mais de 1.750 anos, até quando foi cortada. Ela tem um diâmetro de mais de 6,5 metros e nela tem uma placa contando os fatos históricos que aconteceram na humanidade enquanto ela ainda era viva.
O local mais interessante que visitamos na cidade foi a Glass Beach, a praia de vidro. Naquele local a mar traz para praia pedrinhas de vidro colorido e as pessoas ficam catando as pedrinhas como lembranças. Eu também catei as minhas, tem muitas mas é preciso garimpar.
Ficamos dois dias na cidade para descansar por conta do hotel que é bem legal, com muitas flores, quartos confortáveis e um jardim com muitas flores e enfeites diferentes.
Tomamos um belo café da manhã no hotel e seguimos esperando encontrar mais mirantes com novas vistas pelas estadas acima do nível do mar, deixando o litoral da Califórnia, entrando no litoral do Óregon.