Fomos conhecer Parma e a chuva não deu trégua. Passamos por uma montanha com curvas muito fechadas, alguns trechos só cabia um carro, forte neblina, até que pegamos a rodovia pedagiada e a segurança melhorou.
A rodovia de excelente qualidade chamou a atenção também pelo asfalto que não acumula água. Mesmo em velocidade, os veículos nem chegam a fazer aquela cortina de água.
Paramos para almoçar em um enorme ponto de parada e comemos massas que pareciam apetitosas, mas não eram. Os olhos foram maiores que a fome e resolvemos provar do macarrão que eles fazem na hora. Pelos nossos cálculos, as duas refeições poderiam custar um pouco menos da metade do que pagamos.
Em Parma, rodamos um pouco com a carrinha, estacionamos e saímos a pé pelo centro, com as lojas quase todas fechadas por conta do almoço demorado dos europeus.
Visitamos algumas igrejas, que estão por todos os lados, várias fechadas, até que encontramos um Museu Arqueológico.
Uma senhora que trabalha no museu, quando descobriu que somos brasileiros, largou seu posto de trabalho e nos acompanhou por todo trajeto. Ela nos ajudou dando informações sobre as peças expostas mas o que ela queria saber mesmo era do Brasil. Perguntou do clima, das melhores cidades, se era muito caro, se as pessoas eram mesmo alegres, qual a melhor época para visitar, enfim, ela tirou mais proveito de nós do que nós dela.
O museu guarda peças do passado longínquo, extraídas da região e até uma múmia importado do Egito faz parte do acervo.
Continuamos nosso passeio a pé e com chuva, perguntamos para algumas pessoas o que visitar em Parma e não nos deram muitas opções.
As capas transparentes que levamos do Brasil, chamou a atenção, parecíamos de outro planeta, todos olhavam admirados.
A cidade é famosa pelo seu queijo “parmigiano-reggiano”, o popular parmesão. Paramos em um comércio de queijos, azeites, patês, vinhos e similares, produzidos na região, e um simpático e falante atendente nos ofereceu provas de azeite balsâmico e de queijos.
Os preços não são tão convidativos mas os sabores, são espetaculares. Compramos parmesão e balsâmico e fomos pegar a carrinha no estacionamento.
Tive dificuldade para pagar o estacionamento com o cartão de crédito e, acreditem, o mendigo que pedia esmola na porta, vendo a minha dificuldade, se ofereceu e me ajudou a pagar, como se ele estivesse acostumado a usar um cartão de crédito.
Ainda com chuva, descobrimos um centro comercial e fomos passear abrigados. Lá encontramos uma loja de artigos para cozinha com ofertas que chegavam a 80%. Impossível não adquirir algumas peças. Uma das ofertas eram as panelas que agora estão na moda, última tecnologia, que são as panelas de pedras. A oferta era estranha. Você compra duas panelas e a mais cara tem desconto de 50%. A vendedora nos instruiu a levar a mais barata e a mais cara, boa opção.
Paramos para tomar um café e o café por aqui é quase preço de ouro e a quantidade é ínfima. Nesta foto ainda não havia tomado nada e custou 1,5 Euros.
Voltamos já era noite e passar pelas montanhas novamente, nas estradas cheias de curvas e apertadas, agora com neblina muito forte, foi realmente uma aventura. Velocidade mínima e todo cuidado para não errar. As laterais do asfalto tem valetas enormes e cair em uma delas e ficar até o socorro chegar.
Chegamos em casa à salvos, um belo banho quente, um pouco de TV em um programa de culinárias e sono reparador.