Partimos de Monza rumo a Torino e, passando por “quinhentão”, digo Milão, mais uma desagradável surpresa.
Paramos para abastecer, coloquei 20 Euros na máquina, apertei a bomba 4 e o combustível não saiu. Chamei o atendente e ele dizia que o combustível já havia entrado e eu dizia que não. Fiquei muito bravo com ele, que parecia dizer que eu queria enganar, até que um outro motorista esclareceu. A máquina direcionou o abastecimento para a outra bomba e o cara desonesto que estava na outra bomba, abasteceu com meu dinheiro e partiu. Safado oportunista.
Tudo bem, a paisagem do caminho nos fez esquecer, rapidinho.
Chegamos em Torino, passando por dezenas de pequenas cidades, quase todas parecidas. Pequenas, desertas e quase tudo muito velho.
Torino é a quarta maior cidade da Itália, com mais de 2 milhões de habitantes e sua principal fonte de renda vem da fábrica da Fiat.
Nossa passagem foi rápida mas deu para sentir sua pujança comercial, religiosa e cultural, com indústrias, igrejas, monumentos e museus em vários endereços.
Torino é também famosa por guardar uma das importantes relíquias religiosas do cristianismo. É o Santo Sudário, aquele lençol de linho, com a marca de um corpo, que dizem ser de Jesus.
Este pano é cercado de controvérsias e mistérios. Já pertenceu a vários povos e até particulares o mantiveram como objeto pessoal. Somente no século XIV foi parar em Torino, que o exibe ao público a cada dois anos.
Existem muitas teorias de religiosos e cientistas, com muitos desencontros de informações, até em provas cientificas. De tudo que li sobre o famoso pano, fico com a posição do Papa João Paulo II, que se negou a emitir um parecer oficial da igreja católica sobre sua autenticidade, dizendo que a resposta é uma decisão pessoal de fé.
Ficamos na cidade apenas algumas horas, onde havíamos planejado pernoitar, mas resolvemos seguir viagem.
Terminamos de passar pelas estradas da Itália e entramos na França, pela região dos Alpes, onde a linda paisagem mostrava mais e mais o gelo no topo das montanhas.