Pelo Brasil 2023 23 MARAGOGI, mais uma cidade de belas praias

23 MARAGOGI, mais uma cidade de belas praias


 

Maragogi fica ao norte do estado de Alagoas, bem na divisa com o Pernambuco. Considerada uma das mais belas do Brasil, recebe muitos turistas o ano todo. O local que ficamos fica longe do centro da cidade, mas nem por isso deixa de ser altamente atrativo.  Tem várias praias com areias macias é bem apropriada para caminhadas. 

 

 

 

Quando a maré fica baixa se formam dezenas de piscinas naturais de variados tamanhos e profundidades. São vários caminhos de Moisés, nome dado para as formações de areia ou corais que se emergem quando a maré está baixa. Mas por aqui tem tantos caminhos que cada um tem um nome. Acho que todos deveriam ser chamados de caminho de Moisés, mais fácil para entender quando se fala. 

 

 

 

 

 

 

 

Na nossa caminhada até o caminho maior do Moisés, foram 12,6km, parando para apreciar as belezas do roteiro, fazer fotos e tomar água de coco. 

 

 

Uma mulher estava catando marisco sentada nas águas rasas da maré baixa, ciscando a areia e separando os mariscos. É fácil, basta rastelar com os dedos e colher os mariscos inteiros e maiores. Depois ela leva pra casa, coloca pra ferver, retira o molusco de dentro da casca e vende para os restaurantes fazer e vender receitas com marisco como a mariscada e o famoso caldinho de mariscos. O caldinho é vendido em vários lugares, num copo descartável e uma colher de plástico. Custa 8 reais. A catadora de mariscos tem que encher 5 baldinhos da mariscos para dar um kilo limpo, que ela vende a 45 reais. 

O trabalho é fácil, mas a posição nada ergonômica e a insalubridade de ficar dentro da água por horas durante o dia, depois de muitos anos de repetição. Ela começou a colher quando tinha 13 anos, agora já é uma senhora, sempre catando marisco pra comer e para vender. 

Durante o tempo que conversamos ficamos catando mariscos também é colocando no baldinho dela, chegou a doer nossos dedos de tanto ciscar a areia. 

 

 

 

 

 

Os bichos do mar estão por todo lado nestas águas mornas e límpidas. Observamos de perto o empilhamento de pequenos caramujos, peixinhos coloridos, Ade correu de um bicho maior que também se assustou com ela e se enfiou na areia. Um deles, que não consegui ver,  tem grandes propriedades de construtor. Ele faz um buraco perfeito na areia mole que não desmorona. Ao vivo é mais bonito de se ver.

 

 

 

Entramos em um dos vários resorts que tem por aqui. Nesse tem várias cabanas com estrutura de uma casa, como tv, geladeira, churrasqueira, talheres e tudo que precisa para um lar funcionar. A área externa tem restaurante, música ao vido, piscinas com recreadores e portão direto para uma bela praia. 

Fomos entrando no hotel até que o Moisés, me interpelou e perguntou se eu era hóspede, falei que a estava hospedados na Zezé e ele disse que trabalha lá também.  Ele é fichado no hotel e faz bico na Zezé, cortando os galhos e tirando cocos que pode cair. 

Ontem eu havia reparado que os coqueiros do camping estavam bem cortados, hoje encontrei o feitor e pude cumprimentá-lo pessoalmente. Aí ele me mostrou no celular como ele sobe no coqueiro enquanto e acabou liberando nossa entrada para ver a vida alegre dos hospedes do resort. 

A animadora de hospedes na piscina, logo depois de uma aula de exercícios, anunciou sobre as regras para arrumar as malas que era dia partir. Chegou ao fim de um pacote com 5 dias que ficaram hospedados. São caravanas vindas do interior do estado, que se organizaram em excursões com ônibus fretados. A animadora já alertou a todos que já comecem a pagar as mensalidades para voltarem no ano que vem. Cada um paga 12 mensalidades de 90 reais para usufruir de um local paradisíaco. 

 

 

No mar existem várias esteiras de taquara e palanques de madeira fixadas no fundo do mar, são conhecidos como currais. Neles os peixes entram atraídos por iscas, que pode ser couro de boi ou de porco, para uma armadilha onde somente os maiores ficam presos. Uma vez por semana o dono do curral vai retirar os peixes capturados.

Esta técnica provavelmente foi legado deixado pelos holandeses quando aqui tentaram se estabelecer, mas os lusitanos os expulsaram.

 

 

A pousada que ficamos é muito bem cuidada e as três senhoras proprietárias ficam o tempo todo organizando e chamando a atenção quando algo não esta do gosto delas. Tem regras escritas por todo lado e isso é bom. O lugar é super agradável, pé na areia e com toda infraestrutura que precisamos como caravanistas.

 

 

 

Em casa decidimos preparar um churrasco, numa churrasqueira casa, bem posicionada, em frente ao mar, desfrutando mais um dos privilégios de estar vivendo a vida depois do trabalho. Era numa segunda-feira, mas tudo bem, depois do trabalho todo dia é domingo. A dificuldade é saber qual domingo é hoje.

Depois do almoço apareceu um casal que viaja com motocicleta conhecendo o Brasil, como nós também já fizemos em 2012. Foi conversa sobre vários assuntos gostosos de falar, durante horas. Eles ficam na posada e nos no quintal.

 

 

Dormimos mais uma bela noite, com a Caca balançando ao sopro do vento e o barulho das ondas, depois de falar outro bem tempo com Paula, que estamos morrendo de saudades e amenizamos pela internet, mas falta o abraço. Logo, logo. 

 

 

 

 

 

 

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