Em Monte Carlo, saímos a pé conhecer cidade, especialmente a Marina, o Cassino e o circuito de formula 1, que tem o maior glamour e distribui os maiores prêmios de todas as provas.
Passeamos pelas ruas que servem de pista, lembrando de cenas com a participação de Schumacher, Prost e especialmente Ayrton Senna, por suas excelentes participações e vitórias no circuito do Principado. Ele foi o único brasileiro a vencer em Mônaco. Foi campeão seis vezes, maior vencedor de todos os tempos do Grande prêmio. Ayrton Senna ficou conhecido como “O Rei de Mônaco”.
Como Rei, ele podia fazer o que fez por duas ou três vezes quando foi campeão em Monte Carlo. Deu um banho de champagne na família principesca, quebrando o protocolo.
As marcas da borracha dos pneus ainda estão grudadas nas faixas da curva Loews, em frente ao Grand Hotel, a curva mais famosa e mais lenta da Fórmula 1.
Na entrada do túnel, veio à memória o ano de 1.988, quando Ayrton Senna andava bem à frente do segundo colocado e, por pura falta de concentração, como ele mesmo confessou, passou direto e bateu no muro, entregando a vitória ao seu rival Alain Prost.
Andamos a pé por várias partes do circuito e passar pelo túnel, onde os carros passam a quase 300 km/h, é muito emocionante.
Paramos em frente ao Cassino, um espetáculo à parte, um desfile de carros valiosos, se mostrando para os clics da fotos.
Nunca vimos tantas marcas famosas de carros desfilando, como em Monte Carlo. Porsche, Bentley, Ferrari, Audi, Lamborghini, BMW, Mercedes-Bens, Rolls-Royce, Bugatti e a melhor de todas para nós, nossa carrinha Ford Fusion.
Só conhecíamos Ferrari vermelha. Aqui vimos a preta brilhante, a preta fosca, a azul, a amarela, a vermelha cintilante e uma branca de encantar os olhos. Em menos de meia hora eu fiz dezenas de fotos dos carros, infelizmente, a branca eu não consegui fotografar
O cassino tem uma fama inexplicável. Sempre está cheio de gente fotografando sua fachada e os ricos carros que passam, sem contar os paparazzis, que ficam de plantão esperando celebridades que podem surgir a qualquer momento.
Como todos que passam por aqui, também tiramos várias fotos do Cassino do Monte Carlo.
Em torno do Cassino também tem muitas atrações que merecem fotos. Neste espaço as pessoas jogam moedas na água na rica fontes dos desejos. Na terra de ricos, provavelmente os desejos são para ganhar mais dinheiro.
Fomos entrar no Cassino e o segurança disse que deveríamos deixar a mochila e a máquina fotográfica na portaria. Pedi para tirar só uma foto e ele disse “tudo bem, tira uma foto e depois você apaga”, deu um sorriso e fingiu que não estava vendo.
No Iate enorme, um casal de idosos guarnecidos de todo luxo por uma equipe, pelo menos 15 pessoas que contamos na embarcação, só para servi-los.
Os iates são de particulares e nenhum é aberto para visitas, mas em um deles eu e Ade conseguimos parecer dentro pelo reflexo da janela.
O Principado de Mônaco é um dos seis microestados da Europa, governado pela monarquia há sete séculos. A região já pertenceu a vários povos, até que em 1.191, foi cedida para uma nobre família de Gênova, os Grimaldi, e mais tarde tornou-se independente.
Hoje, em seus 202 hectares, vivem em torno de 40 mil habitantes, quase todos abastados de recursos. Muitos escolhem Mônaco por ser um estado paraíso fiscal, que não cobra imposto sobre a renda dos investidores.
Mônaco é o lugar mais caro do mundo para se viver, mas acho que os moradores não se importam.
A nacionalidade monegasca se obtém apenas por decisão soberana do Príncipe. Li que em 2.010, apenas 7 pedidos foram aprovados dentre os mais de 400 recebidos.
Quem quiser residir no Principado e tornar-se um cidadão, basta ser aprovado pelo Príncipe, renunciar a nacionalidade anterior e adquirir bens que podem começar com um simples apartamento de dois cômodos, com 130 m2, a um valor módico.
Também já esta à venda em Mônaco, o apartamento mais caro de todos os tempos. É uma cobertura com 3.500 m2, ocupa cinco andares, colocado à venda por 300 milhões de Euros. O apartamento ficará pronto em 2.015 e muitos parecidos com este estão em construção, visando atender milionários e bilionários, que estão migrando da Suíça, onde as leis de sigilo financeiro estão desmoronando.
Passeamos dois dias pelas ruas do Principado, passamos novamente pelo Cassino, visitamos lojas que também esbanjam riqueza e luxo.
Passamos outra vez pelas curvas do circuito de Fórmula 1, agora com a carrinha pra ela sentir o poder da emoção e da potência do circuito.
Falando na carrinha, circulamos por várias ruas e todos os estacionamentos que passamos pelo centro estavam lotados. Eis que senão quando, uma valiosa vaga surgiu. Com algumas manobras, consegui estacionar. Desci e fiquei impressionado como ela coube naquele espaço, sobrou um dedo de cada lado. Mônaco é apertado até nas vagas.