Compromisso 2022 6 De volta pra casa fixa

6 De volta pra casa fixa


 

Nossos planos era ir até Brasilia participar da Feira de Motorhomes, mas decidimos voltar para casa para rever meu irmão que deixou o hospital e também por conta das incertezas políticas que ameaçam cercear nosso direito de ir e vir. Após as tumultuadas eleições de 2022, infelizmente para nós viajantes, criou-se uma animosidade entre dois lados com ameaças de fechamento de estradas, gerando a falta de alimentos e de combustíveis. São decisões e atitudes radicais que falam até em guerra civil.

Nosso Brasil é e sempre será único, um dos países mais bonitos e ricos de todo planeta, com gente maravilhosa que sempre encontram soluções. Nosso povo há de se entender e as ideologias extremistas não vingarão. Uma só bandeira há de tremular para todo e sempre.

Deixamos Minas Gerais admitindo voltar outras vezes, parando pelo caminho onde tem coisas legais pra gente ver. Em viagem é preciso ficar atento aos atrativos pelas estradas, sempre surgem novos roteiros. O frentista, o garçom, o Google, o GPS e a narrativa de outros viajantes, sempre ajudam na escolha das atrações para visitar.

A primeira parada do caminho de volta foi em Poços de Caldas. Seguindo as placas marrom que indicam pontos turísticos, fomos conhecer o Parque do Japão. Chegamos e já ficamos felizes. Haviam 5 ônibus de turista, então pensamos: “o parque deve ser muito bonito”.  Ledo engano. Tem mais placas de patrocinadores do que beleza e esmero na manutenção, além de quase nada de atrações. Não entendemos o motivo daqueles 5 ônibus de turistas. Consegui tirar uma foto.

Passeamos pela cidade, sem a menor chance de encontrar uma vaga para estacionar a Caca. Paramos numa curiosa e fantástica fabrica de cristais. São centenas de peças grandes, pequenas, leves, pesadas, coloridas, baratas, caras e muito caras.

Na loja tem uma vitrina de onde se pode ver os artesãos criando suas artes nos cristais, só não pode filmar ou fotografar eles trabalhando. De longe pode.

Fomos visitar a fábrica dos deliciosos chocolates Ferrero Rocher, numa imponente construção com vagas exclusivas para visitantes, só que não. Visitas são proibidas e nem uma foto da recepção a vigilante deixou tirar. Foi curta e direta na ordem recebida: não aceitamos visitas, nunca aceitamos e não pode tirar fotos ou filmar. Foi uma pena. Até gostaria de contar a história deles, escrita num dos painéis da recepção, mas a moça não deixou fotografar.

Será que as pessoas de Poços de Caldas são inibidas com fotografias?

Entrando novamente no Estado de São Paulo fomos visitar Holambra, a cidade das flores, onde predomina a cultura holandesa. São dezenas de barracões de exposição e vendas de flores. Holambra é a maior fornecedora de flores e plantas ornamentais para todo o Brasil.

Após a guerra, chegaram no Brasil cerca de quinhentos holandeses refugiados e, com anuência do Governo Brasileiro, se instalaram na região e buscaram a sobrevivência no setor agrícola, onde tiveram muito sucesso e se especializaram no cultivo de plantas ornamentais. Hoje a cultura holandesa ainda é preservada e a cidade se tornou referencia nacional também em qualidade de vida.

Visitamos alguns galpões, Ade comprou orquídeas e confessou que gostaria de comprar quase tudo. As plantas são paixão para Ade. Tomamos um delicioso sorvete e seguimos pelas belas estradas paulistas.

Chegamos em Fernandópolis, onde tem o Água Viva Thermas Resort, um hotel que recebe motorhome em seu amplo estacionamento.

Quem acampa, paga uma taxa por pessoas com direito a dormir no local com sombra, água, luz e esgoto, ainda pode desfrutar de toda a infraestrutura do hotel com piscinas quentes e frias, bar molhado, restaurantes, churrasqueiras, academia, empório e até Home-officie para aqueles que trabalham viajando.

Além da piscina do hotel, tem um parque aquático com águas quentes, restaurante, churrasqueiras, palco para shows e brinquedos radicais. O Parque recebe os moradores da região para o day use. Quem está acampado tem livre acesso.

Ade se divertiu com os escorregadores. Eu já procuro evitar brincadeiras um pouco mais radicais.

Pelo caminho paramos para rever mais um parque aquático, infelizmente não atraiu por conta das falhas na manutenção visual.

Fizemos um desvio para comprar vasos na cidade de Indiana. Vasos de cerâmica são valiosos em nossa casa, para abrigar as orquídeas que Ade cuida.  Ela planta, cuida e conversa com as plantas, por isso estão sempre bonitas e saudáveis. Eu faço os enfeites pra ela pendurar.

Pelas belas estradas, seguimos rumo ao nossos lar-doce-lar fixo. Vamos aportar na nossa casa fixa umas semanas para cuidar e inventar tarefas de casa, até a nova partida, que será em breve.

 

 

 

1 comentário sobre “6 De volta pra casa fixa”

  1. Esse post tá tão bom que vou comentar por etapas:
    – Ri muito com o Paque Japão, super sincero. Consegui tirar uma foto
    – A fábrica de cristais produz peças lindíssimas (eles não devem querer que gravem os segredos deles)
    – Quero muito saber como foi a fábrica da Ferrero – valeu a pena?
    – Mamãe sempre nas aventuras, a foto dela no toboágua com as mãozinhas pra cima está ótima! Aventuras e sol 🙂
    – Tá linda a casinha das orquídeas, não conhecia

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