Carro pela Europa 12 – BARCELONA – ESPANHA

12 – BARCELONA – ESPANHA


Saímos de Madri com chuva rumo a Catalunha, passando por belas estradas e montanhas imponentes, bem diferentes das que já vimos. Depois o sol apareceu e a viagem ficou ainda melhor.



Até um pouco antes da partida, estávamos pensando que iríamos morar em Barcelona. Quando colocamos o endereço do apartamento alugado no GPS, surpresa. O apartamento que alugamos era em Calella, um pequeno e belo balneário na região metropolitana de Barcelona. Tudo bem. Andamos um pouco mais, em compensação o apartamento era muito bom, próximo da praia e um fácil e bonito acesso para Barcelona.

No mesmo dia passeamos por Calella, pelo calçadão cumprido, com lojas bonitas e poucas pessoas, quase todos com jeito de turistas. 



Nos divertimos em uma loja com muitas opções de presentes diferentes, engraçados e úteis. 
Compramos brinquedo, lenço, bolsa e algumas lembrancinhas.


Pegamos o trem e fomos para Barcelona. O trajeto é o tempo todo a beira mar e pela janela podemos deslumbrar um belo espetáculo da paisagem.



Chegamos na Plaça de Catalunya que é a principal da cidade, onde muitas pessoas ficam literalmente dando milhos aos pombos. 


Saímos com o mapa na mão procurando as atrações no centro da cidade.



Paramos em várias lojas com artigos de luxo expostos das melhores marcas do mundo. 
Os preços não são convidativos mas é muito bom parar para olhar, entrar, perguntar e sair sem comprar.


Barcelona é um museu a céu aberto. Seus edifícios, quase todos abaixo dos sete andares, são de uma arquitetura artísticas que encantam os olhos. 


Os monumentos nos principais cruzamentos e em cada uma das praças, complementam a beleza da cidade.



O povoamento de Barcelona remonta ao final do período Neolítico, de 2.000 a 1.500 a.c. e muitos foram os arquitetos que se destacaram na construção da cidade. Seu traçado quadriculado facilita a orientação
 e suas esquinas são cortadas formando um octógono, deixando um espaço maior a cada cruzamento e um ar de tranquilidade de bairro em meio a selva de pedras.

Possui um povo totalmente orgulhoso de suas tradições e não se consideram espanhóis, mas catalães. 

Por muitos anos estão tentando, ainda sem sucesso, a separação da Espanha para serem considerados como uma nova nação.


Nas janelas exibem a bandeira catalan fica exposta em várias janelas e o povo faz questão
 de falar seu próprio idioma. Nos canais de televisão de Madri que passam em Barcelona, tem tradução de rodapé.

Falando em janelas, elas são um deslumbre em Barcelona. Cada uma diferente e tão bela quanto a outra.  Os urbanistas que foram construindo a cidade tinham a preocupação em fazer o belo, mostrar pompa, esculpir detalhes e fazer uma obra mais formosa do que a outra.


Em uma das belas avenidas pelo centro, paramos para conhecer a Casa Batlló, encomendada por um milionário a Antoni Gaudi, o mais famoso arquiteto catalão, que espalhou suas obras pela cidade, até 1.926 quando morreu atropelado em uma das avenidas da cidade que ele imortalizou. 

Gaudi destacava em suas obras a arquitetura, a religião e a natureza. Sete de suas obras, são classificadas como Patrimônio Mundial pela UNESCO. 
A Casa de Batlló é uma de suas obras mais visitadas. É um edifício que ainda abriga alguns moradores e foi transformado em um museu em sua homenagem.

 

 

 

 

 


Antoni Gaudi é um ícone da cidade. Pelo que vimos, lembrou um pouco uma mistura do nosso escultor Aleijadinho com o nosso arquiteto Oscar Niemayer. 

Suas obras arquitetônicas possuem paredes que parecem ter movimento, parecendo esculturas. Ele certamente tinha alguma mágoa com as quinas. Tantos suas esculturas quanto suas paredes, pisos e telhados, tem formato arredondado e existem muitas teorias sobre o que ele pensava quando produzia suas obras. 

 

 

 

 

 

 

Alguns elogiam a inteligência ergonômica, por suas escadas e móveis práticos; outros pela inteligência arquitetônica com suas janelas, clarabóias, chaminés e coletas de águas da chuva; outros a comparam com animais pré históricos; outros acreditam ser uma casa mágica; e outros dizem ser uma casa viva. 

O edifício é uma amostra diferenciada da arquitetura em concreto, madeira, ferro, vidro e pedras que servem como uma obra de arte. Para moradia eu escolheria outros moldes.


Somente o primeiro e o último dos andares são para visitas. A entrada custa 21,50 Euros e por isso, muitos turistas preferem passar pela frente e tirar suas fotos somente da fachada.

Suas obras são lembradas nas livrarias e bancas de jornais, com livros que contam a sua história, cartões postais, miniaturas, chaveiros, imãs de geladeira e muitas outras peças que ficam sempre em destaque. 

Pela cidade toda, pequenos detalhes na urbanização lembram suas características mais marcantes.


Conhecemos a Casa de Milà, também conhecida como “La Pedreira”, que também foi construída sob encomenda. O prédio está em reforma e pouco se pode ver. Esta foi a última obra civil de Gaudi.

É no terraço, com as chaminés que estão as principais obras da arte de Gaudi.

 


Sua obra mais importante foi a Sagrada Família, obra ainda hoje inacabada. Hoje existem 8 torres, todas com mais de 100 metros de altura, em um desenho que contempla 18 torres, que simbolizam os 12 apóstolos, os 4 evangelistas e a Mãe de Deus. A última torre a ser construída deverá representar Jesus com mais de 170 metros de altura.

Vários arquitetos e escultores contribuem para a finalização, reformas, inovações e para a constante manutenção da obra, sempre fiéis aos desenhos iniciais de Gaudi. 

Alguns historiados fazem previsão para a conclusão em 2.084. Outros dizem que as obras jamais irão terminar.


A Sagrada Família é o ponto mais procurado pelos turistas que visitam Barcelona. Fazem filas intermináveis para comprar ingressos e ficam horas na parte da frente e na parte da frente da igreja. Sim, a igreja tem duas frentes quando vistas de fora e, quando se está dentro, as frentes são duas laterais da igreja. 


Parece confuso mas é assim mesmo que ela foi desenhada. com duas fachadas e com estilos bem distintos.

Em uma “lateral”, a Fachada de La Natividade que já causou muita polêmica e ainda divide opiniões por culpa do seu estilo modernista.
 

Do outro lado, a fachada gótica, chamada de Fachada da Paixão, onde a diversão e ficar identificando as esculturas de pessoas e animais esculpidos em suas paredes. Dizem ter mais de mil animais escondidos entre as imagens bíblicas.



A igreja principal chama tantos visitantes que fica praticamente para o turismo. Raramente acontece uma celebração. É preciso pagar de 14 a 19 Euros para visita-la.
 
Por dentro é um encanto, com verdadeiras inovações arquitetônicas para época em que foi construida, mais ainda hoje, são referencias para artistas e arquitetos.




No porão da igreja maior, está uma outra igreja que serve aos fiés, com missas diárias. Lá estão os restos mortais de Antoni Galdi.

Em uma das alas da igreja de cima tem uma oficina de restauração para construção de maquetes e reconstrução de pedaços que caem das paredes. Cada pedaço desprendido é completado com gesso para recompor a peça quebrada. Cada detalhe, cada pedacinho é sempre muito bem cuidado por uma equipe de escultures e arquitetos que trabalham na oficina.
 
Como nos disse o amigo Zé, Barcelona é a cidade das malas. A todo instante notamos pessoas carregando suas malas pelas ruas, dando a impressão que sempre estão viajando ou que estamos perto da rodoviária ou do aeroporto.

Em meia hora que fiquei sentado em um banco esperando a Ade e a Paula, colhi várias cenas.


Os carrinhos de criança também me chamaram a atenção. Em outra meia hora esperando as duas que mais uma vez entraram nas lojas, notei e registrei uma série de carrinhos de bebês pilotados por homens e a maioria sozinhos, sem a presença da mulher.

Passeamos pela Rambla, a avenida principal de encontro das pessoas, com bares, restaurantes, teatros e lojas, sempre movimentada com pessoas de todos os lugares, somente a passear.

Foi na Rambla que encontramos Peppe, nosso amigo italiano que reside em Barcelona, renomado barman na Europa, amigo do nosso filho Hugo, que já nos visitou no Brasil. 

Peppe esteve conosco durante alguns dias no Brasil, provou e conheceu um pouco mais da nossa cachaça e se encantou pela bebida. Ele prepara drinks em grandes hotéis  participa de eventos e também é professor na formação de novos barmans,  divulgando a nossa cachaça em forma em coquetéis pela Europa.

Jantamos em um restaurante indicado pelo Peppe. Ele fazia os pedidos e provamos vários dos pratos que servem na noite de Barcelona, acompanhado por um bom vinho, bom papo e um enorme prazer em reencontrar nosso simpático amigo Peppe.

Voltamos de trem para nossa casa e, na manhã seguinte, ficamos na praia de Calella, com um belo sol e um vento frio que chegava a incomodar. Ade e Paula deitaram um pouco na areia, tentando pegar uma cor, mesmo de roupa, reclamando do vento gelado.

Praia de areia grossa, mar azul turquesa e, na água mesmo, poucos se atreviam a encarar o gelo derretido.
 
Levamos a carrinha para uma limpeza e, mais uma constatação da geração do desemprego na Europa. Não existia ninguém para nos atender. Abastecemos com o cartão de crédito e, com moedas, ligamos as máquinas para a água com sabão e mais moedas para enxaguar a carrinha. A lavagem externa feita por nós ficou em 3 Euros.

Carrinha limpinha, Paulinha ao volante e lá fomos nós desbravar novos conhecimentos pela Catalunha. 

Passamos por várias cidades de veraneio pelo caminho, rumo ao Tibidabo, por uma serra sinuosa e a cada curva uma bela visão de Barcelona. 

Tibidabo, nome gostoso de pronunciar, é um local sagrado pelos barcelonenses, com uma visão espetacular da cidade, com seus 512 metros de altitude. 

Lá de cima, contemplamos Barcelona toda e tiramos muitas fotos, felizes por estar em mais um belo lugar do nosso Planeta.


No alto do morro parece existir uma igreja sobre a outra, construídas em épocas diferentes e com estilos diferentes.


Dentro do templo, outra novidade. Existe uma bancada com velas artificiais, com chamas que acendem com depósito de moedas. É uma forma moderna, inodora e lucrativa de servir aos fiéis e pagadores de promessas.


Fomos até a Praça da Espanha e observamos uma multidão nos jardins do Palácio Nacional, um antigo castelo medieval, onde funciona o Museu Nacional de Arte da Catalunha.



Paramos a carrinha e fomos ver o que estava acontecendo e logo em seguida começou um dos mais belos espetáculos.

Ao anoitecer, nove horas da noite, começaram a fluir água das fonte e deu inicio a uma fantástica e ilubriante dança das águas. São aproximadamente 100 metros com fontes de várias formas jorrando em abundância, formando figuras, as vezes coloridas pelo efeito das luzes.


A Font Magica del Montjuic, no castelo do Palácio Nacional, é algo a ser marcado na agenda de cada turista que visita Barcelona. O show começou nas Olimpíadas de 92, quando o castelo se tornou o coração dos jogos e consagrou Barcelona como importante destino turístico.


Não poderia deixar de ser. Por recomendação de nosso amigo Peppe, fomos saborear uma Paella Marinada acompanhada de vinho e mais água, agora para beber.


Passeamos a noite pela região da Rambla, passando por becos que até assustam. Por alguns deles quase não passam pessoas e todos parecem suspeitos. Sabemos que não são todos malvados, inclusive este do canto da foto. Parece suspeito mas pode ser gente boa. É preciso estar atento e forte pelas ruas de Barcelona.

Antes de viajarmos para Madri e Barcelona, algumas pessoas recomendaram cuidado com furtos de ocasião e nossa preocupação e intranquilidade aumentou quanto a Paula observou uma cena que seria uma partilha entre ladrões após um roubo. 

Depois uma cena de várias mulheres jovens que cercaram um casal de turistas e pareciam querer seus celulares e máquinas fotográficas, isto tudo em meio a multidão que circula pelo centro da cidade. Elas gritaram muito e depois saíram correndo uma para cada lado. Não vimos se conseguiram roubar mas a cena foi desagradável. Mesmo assim, concluímos nosso passeio até o início da madrugada.

Paramos ainda um tempo para apreciar a vida noturna numa praça onde, em vários bares e fora deles as pessoas fumam e bebem em pequenos grupos.

Ao anoitecer os monumentos da cidade ficam ainda mais belos e o deslumbre aumenta com as dezenas de fontes de água coloridas pelas lâmpadas. 

Me desculpem não identificar o local de cada foto que tirei. São nomes difíceis, não quero cometer enganos e dar uma informação errada. A intenção é mostrar um pouco para que todos que tiverem a oportunidade, façam viagens com um tempo que dê tempo de passar mais tempo e conhecer, não somente os pontos de turismo, mas também o cotidiano das cidades. Eu já disse uma vez. O objetivo do nosso blog não é dar um roteiro. A idéia é inspirar e fomentar sonhos que se transformem em planos, e que se realizem para todos que desejarem.


Dia seguinte fomos conhecer o Parc Guell, que foi residência de Gaudi. Sua construção foi inspirada no conceito de cidade jardim e pregava uma vida mais saudável, ao natural, afastado da correria da cidade industrial que surgia nos anos de 1.900.


O parque parece um conto de fadas com torres e chamines em formato de cogumelos e jardim com salões de pedras sobrepostas formando pequenas galerias.


Era um domingo e haviam muitas pessoas passeando e em um dos lugares, mesmo pagando oito Euros para visitar, uma fila enorme para comprar ingresso e depois esperar o horário marcado para entrar. Estava demorando em torno de duas a três horas de espera. Não vimos esta parte do parque, que dizem ser a mais bonita.


Além das filas, os ambulantes atrapalham a passagem esparramando seus produtos pelo caminho, vendendo brincos, anéis, lenços, enfeites, águas e tudo que for de interesse para turistas afoitos por lembrancinhas. A maioria dos ambulantes parecem ser indianos.

Praia La Barceloneta, jogo de vôlei,  barquinhos no mar, desinibidas tomando sol e uma bela infraestrutura de praia, um exemplo a ser seguido, com ampla faixa de areia, lanchonetes, restaurantes, quadras esportivas, chuveiros, banheiros e um exelente calçadão.

Na praia estava com um vento gelado e muitas pessoas passeiam pela areis sem os trajes de banho. Não entendi como esta bola veio parar no meio da foto, o jogo era do outro lado.

Como muitos turistas, fomos conhecer o 
Estádio Barcelona, um templo do futebol mundial.


Os principais jogadores são reverenciados com deuses ou herois, de forma equivocada ao meu modo de ver. A veneração é tanta que as visitas são constantes no estádio mesmo sem jogo, com ingresso a 23,50 Euros. 

Na frente do estádio, tem uma enorme loja com produtos do clube, onde vendem peças com os nomes mais famosos. Neste momento, Messi e Neymar Jr., são as grandes atrações. Os jogadores não podem sair pelas ruas por que o assédio é tanto que eles correm até risco de vida.

Engraçado, nunca veneram um zaqueiro ou um goleiro. Os atacantes sempre valem mais. Sabem por que? Porque construir é muito mais difícil do que destruir. Construir uma jogada que resulta em gol e provoca a euforia da torcida, vale milhões. Destruir uma jogada que poderia ser um gol e não provoca a euforia frenética, quase nem se fala. 

Isto também acontece com as palavras ditas. Falar para destruir é muito mais fácil do que falar para construir.

Um exemplo estamos vivendo com a Copa do Mundo no Brasil. São muitos falando coisas ruins sobre o atraso nas obras dos estádios, sobre a hiper valorização, sobre o desvio de verbas, sobre corruptos, muitas vezes falando só por falar, sem dados concretos. 

Pouco ouço falar dos benefícios que o evento já está trazendo para o nosso País. 


Na nossa viagem roccoeuropa, no período antes de começar a Copa, já passamos por Portugal, Espanha, França, Suíça, Luxemburgo, Bélgica, Holanda e Inglaterra. Em todos estes países, as cores e o nome do Brasil estão em destaque nas vitrines, as pessoas ficam felizes quando descobrem que somos brasileiros, todos os dias ouvimos o nome do nosso País no rádio e na TV, com reportagens e ofertas de pacotes de viagem. 

Pelo que estou presenciando, tenho certeza que a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, que alguns tentam destruir, abrirão muitas portas para melhorar ainda mais a nossa cultura e a nossa economia com o crescimento de intercâmbio e mais entradas de divisas, que já está acontecendo. 

Para aqueles que falam para destruir, considerem esta simplória analogia. Fazer um gol é um pouco mais difícil do que destruir uma jogada, mas é preciso gol para quem quer vencer. Foi somente uma analogia, não quero causar desagrado aos goleiros e zagueiros.

Fomos visitar o Peppe em seu local de trabalho para lhe entregar um café do Moka Clube do Brasil, que nosso filho Hugo mandou para ele. Ele nos mostrou o hotel, que pratica uma diária de até 1.500 Euros, ofereceu-nos um chá e fez um roteiro para continuarmos nosso passeio pelo centro. 

O hotel de classificação maior, foi construído em um prédio que era um banco e sua decoração ainda preserva os cofres particulares, onde muita riqueza já passou quando era banco e ainda continua passando enquanto hotel.


Passamos pelo Arco do Triunfo, onde acontecia um verdadeiro espetáculo anônimo. 

Alguns rapazes com rollers e patins, faziam manobras que nos convidou a ficar por meia hora observando tamanha destrezas dos amadores que faziam suas manobras como profissionais. Incentivados pelo ritmo das músicas de um pequeno aparelho de som, faziam um show de destreza.

No 
Bairro Gótico, caminhamos e nos perdemos várias vezes pelas ruas apertadas, becos que as vezes até assustam por falta de pessoas circulando.

Paramos para um delicioso doce que a Ade saboreava enquanto a Paula observava, triste por culpa de um regime que maltrata diante de tantas guloseimas deliciosas. As vezes ela se deixa levar, aliás, quase sempre ela sacaneia o malvado regime. 

A
 Catedral Gótica fica no meio do bairro e foi um pouco difícil até a encontrarmos. Os barcelonenses não são muito adeptos em dar informações. É uma bela obra incrustada em meios a tantos outros prédios milenares que encantam pelos detalhes da arquitetura.

 

Andando pelas ruas reparei esta cena que me chamou a atenção, por que não foi a primeira que vi. Um homem saudável, pronto para pegar firme no trabalho, sofrendo a humilhação de ter que pedir esmolas para sobreviver. 

Sentado, sem falar nada, espera as moedas que pingam a todo instante. Em alguns minutos que fiquei, novamente esperando Ade e Paula que entraram em mais uma loja, percebi que várias pessoas jogaram moedas. Até me fez pensar se é realmente uma necessidade ou uma profissão de oportunista. 

Não quero julgar, só pensei. Se for um profissional, deve ser bem remunerado por sua qualificação, notem nas placas que ele é poliglota. 

Se for realmente um extremo da necessidade, que Deus salve a Europa.


Passeamos pelas ruas até o anoitecer e, por volta de 22 horas, pegamos novamente a estrada pedagiada até chegarmos em casa, para o descanso entre um belo dia e outro belo dia que estamos vivendo na Espanha.


Em Barcelona o trânsito flui naturalmente por todas as ruas. Não enfrentamos sequer um engarrafamento. Além do asfalto sempre impecável, existe um cuidado especial, que deveríamos adotar no Brasil, que são as passagens de nível. Quando passamos por uma delas, quase nem se percebe. São passagens de nível que não tem desnível. É fácil de fazer. É só ter um capricho maior.

Outro destaque são os túneis que estão por várias cidades e realmente é uma grande solução para diminuir os contratempos no trânsito. 

Muitos deles nas rodovias cortam montanhas e nas cidade permitem que o urbanismo preserve ruas e jardins enquanto o trafego passa como minhoca, sem atrapalhar a vida urbana.



Arrumamos as malas e partimos rumo a Suíça, para nossa nova morada, atravessando pela França. 







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