Pelo Brasil 2023 31 PORTO SEGURO, nossa parada obrigatória

31 PORTO SEGURO, nossa parada obrigatória


 

Chegamos em Porto Seguro, uma das queridinhas nossa e de muita gente. Fomos visitar um camping novo na região que, apesar de praticar uma diária bem abaixo, fica isolado do agito que Porto Seguro representa. 

 

 

Preferimos ficar no Mundai, um camping e hotel, bem próximo as principais barracas, com maior agito, onde pessoas chegam em busca do mar e das alegorias do Axé, gostoso de dançar ou de ficar só olhando. 

 

 

 

Está é a quarta vez que acampamos aqui e já adotamos este como um de nossos quintais preferidos, não somente pela localização, mas pela estrutura de hotel/camping, com áreas de lazer, segurança e conforto, porém, um pouco mais caro. 

 

 

Neste camping já ficamos por semanas acampados, fizemos muitos amigos, participamos de muitas festas em dias normalmente alegres. Nestes dias que ficamos aqui, os amigos de antes não estavam. Os motorromeiros do sul chegam em abril e ficam até agosto, quando termina a estação do frio. 

Hoje com os apelos da empresas de equipamentos de viagens e com o aumento vertiginoso das opções de lazer, os caravanista dividem suas estadas em centenas de lugares espalhados por todo Brasil.

 

 

 

Na Praia o descanso, o banho de mar, as barracas e as pessoas que chegam pra beber, comer e brincar na areia. Puxamos conversa sempre que possível ou ficamos só reparando os outros. Uma vendedora de sorvetes me disse que tem 57 anos, anda 15 km por dia empurrando um carrinho, ganha 100 reais por dia e adora o serviço por conta do exercício físico que está fazendo. Melhorou a saúde e o formato do corpo. Fica orgulhosa quando fala que já perdeu quase 10 quilos. Você pensou que era um sacrifício vender sorvete na Praia? Depende do prisma que você analisa.

Existem muitos ambulantes que trabalham somente pelo dinheiro, mas nem assim deixam de inovar em busca de clientes das formas mais alegres. Baiano é feliz por natureza. 

 

 

 

Recolhi o toldo, tirei as mangueiras, trancamos os armário e saímos com a Caca rumo a Arraial D’ajuda, passear pelo charmoso centro de compras e restaurantes no centro histórico.  

Passamos pela balsa e seguimos pela estrada repleta de quebra molas, até estacionarmos num enorme local reservado para ônibus e motorhomes, bem no centro da Vila.

 

 

Saímos passear pela Broadwey, a rua das artes, pela rua dos restaurantes e pelo centro histórico da Vila, admirando a arquitetura e olhando preços nada convidativos nas lojas e restaurantes, mas pra olhar não paga nada. 

 

 

A igreja matriz é uma das atrações da Vila e no fundo dela as pessoas amarram fitinhas do Bomfim em busca de desejos ainda não realizados. São muitas fitinhas espalhadas por todos os mourões e cercas no fundo da igreja, de onde se tem uma vista muito bonita do oceano. 

Amarrar fitinhas certamente não vai realizar teus desejos sozinhas, mas é um princípio, uma âncora para realização. Amarre uma fitinha, tenha fé e faça um plano que o sonho acontece. A fitinha é mágica, mas tem um processo a ser seguido depois de amarra-la na cerca.

 

 

 

 

 

Depois de muito andar, voltamos para Porto Seguro e ainda andamos mais pela Passarela do Álcool, onde muitos restaurantes, lojas e barracas de artesanatos encantam os turistas. 

 

 

Na rua a maioria das casa são “sem eira e nem beira”, expressão que se tornou popular para indicar aqueles que não tem posse, não tem onde cair morto. Uma das teorias do dito popular é que no início da colonização quem tinha pouco dinheiro construíam suas casa sem o beiral. Na casa dos mais afortunados, os telhados tinham um, dois ou até três tipos de acabamentos, Eira, beira e tribeira.

Se na colonização as pequenas casas era de quem não tinha nada, hoje com o turismo, pertencem aos mais nobres, mesmo sem eira, sem beira ou tribeiras.

 

 

Fomos até Coroa vermelha, mais um lugar onde dizem que o Brasil foi descoberto, só que aqui é oficial, reconhecido pelo governo central. Aqui os índios aprenderam a ganhar presentinhos do exploradores de 1.500 e hoje se tornaram expert em fabricar e vender lembrancinhas. Grande parte dos índios vivem do artesanato e vendem sua arte em dezenas de barquinhas no centro da Coroa Vermelha.

Coroa Vermelha ganhou este nome por conta da grande barreira de corais alaranjados que emergem com a maré baixa.  Além de proteger a praia e criar piscinas naturais, a barreira avança para dentro mar, formando um caminho possível da fazer a pé centenas de metros mar adentro. Mais um Caminho de Moisés.

 

 

 

 

Deixamos Porto Seguro e a Bahia, com a certeza de que voltaremos.  A Bahia é linda.

 

 

 

 

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