Terminamos a expedição pelo sul do mundo, entrando no Brasil pelo Mato Grosso do Sul, rumo à Itaquiraí participar do casamento do nossos sobrinhos Diego e Kalline. No dia o Brasil estava no ápice de uma crise com paralização dos transportes. Todos os veículos de carga estavam sendo barrados nos piquetes armados pelos grevistas em várias estradas.
Numa barreira, os grevistas entraram na frente da Caca exigindo que eu parasse, mas segui em marcha lenta, acenando o mostrando apoio ao movimento. Me deixaram passar.
Passamos pela barreira, chegamos na casa dos noivos e estacionamos no quintal dos parentes. Esta é mais uma das vantagens do motorhome. Você não é somente visita, você é vizinho, aproveitando todos atrativos do quintal amigo.
Era quinta-feira o casamento seria no sábado e toda logística da festa estava impedida de chegar por conta da greve. Eu, Ade e os noivos fomos tentar negociar com os grevistas e encontramos um grupo de desorientados, protestando uma insatisfação generalizada, como se fossem a gota que transbordou o copo.
não conseguimos!
O casamento e os sonhos dos apaixonados foram adiados. As flores, o buffet, a decoração e a banda chegariam de outra cidade e ficaram impossibilitados de atravessar as barreiras.
E a festa ?
A cerimônia foi adiada mas a festa aconteceu mesmo assim. Reunidos no sítio de nossos sobrinhos, Aline e Márcio, saboreamos peixe assado, porco no tacho, costela de chão e o famoso “ pucheiro”, comida típica da região. Ainda teve bolo e pamonha com milho colhido na roça, pão feito em casa, bolinho de chuva, café e leite tirado no dia. Foram 4 dias de festa, sem casamento, mas com muito ânimo e confraternização.
Depois do casamento que não aconteceu, seguimos para Curitiba com parada obrigatória em Maringá, para rever mais parentes e usufruir de um novo quintal, agora com dois passageiros na Caca, Sophia e João Mauricio, nossos netos de primeira qualidade.
Em Curitiba, ficamos poucos dias encaminhando as mesmas soluções para os problemas de sempre e revendo amigos. Logo partimos novamente para estrada, rumo a Balneário Camboriú, encontrar com mais gente que gostamos muito, Nice, Junior, Nathalia e Carol. Novo quintal.
Retornamos a Curitiba e logo em seguida retornamos para Maringá, onde também fomos convidados como padrinhos, no casamento de nossos sobrinhos Johnny e Júlia.
A cerimônia do casamento foi como um conto de fadas, com show do cerimonial e a alegria contagiante dos noivos.
Felicidades e vida conjunta amigável aos noivos que casaram e os que remarcaram a data do enlace por conta da greve absurda, que não deu em nada além de prejuízos homéricos para a população e tristeza aos noivos do Mato Grosso.
Vamos voltar para o casamento do Diego e Kalline
Enquanto isso, na rotina do lar, seguimos inventando motivos para ficar o mais tempo possível com os filhos, netos e amigos, passeando pela bela Curitiba, caminhando muito para manter a forma de quem quer logo voltar para estrada.
Oi, Rocco, curto muito suas aventuras. Parabéns pela coragem e disposição!