Pelo Brasil 2023 18 SÃO MIGUEL DO GOSTOSO, no cotovelo do Brasil

18 SÃO MIGUEL DO GOSTOSO, no cotovelo do Brasil


 

Seguimos para São Miguel do Gostoso, tentando ir por uma estrada a beira mar, mas descobri que um bom pedaço de areia e a Caca não se dá bem com atoleiros. . 

Seguimos para São Miguel do Gostoso, litoral do cotovelo do Brasil. 

 

 

Até um tempo atrás a preocupação mais chata das nossas viagens era encontrar o melhor lugar para dormir. Antes era só camping, postos de combustíveis e estacionamentos públicos. Sem contar as ruas, praças, parques e praia, onde se pode estacionar e dormir, afinal estamos em casa. 

Não são poucas opções, mas ultimamente está aumentando a quantidade de hotel, hostel e pousadas que se adaptaram para receber motorhomes. Cobram uma taxa por pessoa e oferecem água, energia e segurança, além das belezas na decoração regional. Sorte a nossa. 

Agora encontramos lugares ainda mais belos é melhor localizados para pernoite. 

 

 

 

A noite saímos para um passeio pelo centro passando pela Rua da Xepa, principal ponto de encontro na cidade, onde tem belos restaurantes e muito bem decorados. 

 

 

O povoado era apenas uma vila de pescadores. Conta a lenda que um dos pescadores ficou muito doente e recebeu graça de São Miguel de Arcanjo e foi curado. Por conta desse milagre, outros também ficaram devotos e a até a vila adotou o nome do santo. Ali também residia o Manuel, que tinha uma risada que todos gostavam. As pessoas começaram a ir na casa dele só pra ouvir sua risada. Eles diziam:  “vamos lá que é gostoso”, “é gostoso ir na casa do Manuel”. Foi assim que o gostoso se incorporou ao nome do município, que passou a ser São Miguel do Gostoso, tudo por conta do Manuel pescador que ninguém mais lembra de quem ele foi, só que era gostoso ouvir sua risada. 

 

 

Conversando na cidade descobri que aqui é um dos poucos lugares que alugam quadriciclos sem guia. Você mesmo pilota e vai para os pontos turísticos a beira mar. Alugamos um e seguimos com o rosto ao vento.

 

 

 

Chegarmos na Praia de Tourinhos, onde tem umas pedras que reverberam as águas da maré e imita o esguicho de uma baleia. Neste dia não deu certo. A maré não colaborou e as águas realizaram o espetáculo ou baleia não apareceu e ficamos sem ver o famoso esguicho. 

Aproveitando a oportunidade sem o esguicho, Ade sentou no borrifo da baleia.

 

 

Seguindo um pouco mais chegamos na Praia do Marco, onde segundo historiadores, que analisaram as marés dos anos 1.500 e chegaram à conclusão de que foi aqui que o Brasil foi descoberto. A teoria ficou ainda mais concreta quando foi encontrada um bloco de Marmore com os símbolos dos portugueses e dos navegadores, tal qual a pedra encontrada em Porto Seguro na Bahia, que recebe todos os créditos do descobrimento. 

Fica a dúvida, foi a corrente do mar que trouxe as velas até o cotovelo, ponto mais próximo da Europa ou na Bahia, onde os imaginadores da república decidiram escolher como local da chegada dos portugueses. Até eu tenho dúvidas agora. 

 

 

 

O passeio com o quadriciclo foi muito legal, no nosso ritmo, sem as influências dos guias e sem se arriscar com manobras radicais.

Até paramos para conversar com  um casal do Mato Grosso que estacionou o motorhome na beira da praia e ficaram esperando o pôr do sol para ver do alto das falésias da Praia de Tourinhos. Não esperamos o sol se pôr. Preferimos andar com o quadriciclo pelas dunas e na beira mar. Muito bom, mas cansou.

 

 

A noite voltamos para a Rua da Xepa, para comer uma receita com lula e um prato francês que despertou curiosidade, um aligot, feito com batatas e muito queijo.

Vale destacar que aqui não tem aquele assedio de garçons querendo que você entre, mesmo sem estar com fome. São garçons jovens e simpáticos. Procurando polvo para o jantar, entramos num restaurantes e eles só serviam um tipo de tempero para o polvo e não era oque Ade queria. A garçonete, sem se importar com o concorrente, nos indicou o outro restaurante mais abaixo na rua, dizendo que eles servem o melhor polvo. Mais duas outras vezes, vendedores indicaram seus concorrentes na cidade. Que bom, trabalham em beneficio de todos, são parceiros mesmo competindo no mesmo mercado.

 

 

Dormimos mais uma noite e seguimos para a cidade de Touros, também reivindica os créditos do descobrimento do Brasil, exibindo uma outra pedra, dizem que é uma réplica, bem no portal da BR 101. 

 

 

É neste portal que também é famoso por ser o início da BR 101, que corta o Brasil de norte a sul, margeando o litoral. São 4.765 km.

 

 

Até paramos em Touros para comprar camarões do mar, pescado é vendido pelo Pereirinha. Foi só perguntar que todos conhecem o Pereirinha. 

Ade comprou camarões grandes que acabaram de chegar do mar a 50 reais o kg. 

Chegamos em Pureza na hora do almoço, almoçamos no restaurante ao lado e logo entramos na piscina de águas límpidas e até um pouco pesada, que brota ali mesmo no centro da cidade. O local é muito bem conservado e o banho é muito agradável.

 

 

Apesar de ser permitido o pernoite para motorhome na rua, decidimos seguir viagem até um camping em Maracajaú que, apesar de bem recomendado não nos agradou. Primeiro tinha um pitbull bravo amarrado somente numa cordinha e latia o tempo todo querendo avançar. Depois o dono do camping em sua primeiras palavras, antes mesmo da gente escolher o melhor lugar, me disse o número do seu Pix e já quiz receber antes de tudo. Foi desagradável a sua falta de tino comercial. 

Seguimos para outro camping e fomos recebidos por cães bravios e soltos. O valor que ele quiz nos cobrar era absurdo diante do que já estamos pagando. Fomos embora de lá também. Depois tentamos encontrar um lugar seguro em Natal e até o policial nos recomendou procurar um hotel. Fomos embora também. 

Atravessamos a cidade de Natal já escurecendo e tentamos mais uma opção de camping, às margens de uma lagoa. Como tinha um trecho de areia, novamente desistimos de ficar.

Decidimos pernoitar no posto de combustível, na BR 101. O frentista disse “pode ficar mas tem que abastecer ou pagar uma taxa de 10 reais. Topamos e dormimos uma noite tranquila. Dia seguinte abastecemos e seguimos viagem para a Praia do Pipa. 

 

 

 

 

 

 

 

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